O pai que matou o próprio filho, de dois meses, após arremessar um celular contra ele em Valparaíso de Goiás foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira (6). A prisão foi feita a pedido da delegada responsável pelo caso, Samya Barros, que viu indícios de que a agressão contra a criança não teria sido culposa -ou seja, sem a intenção de matar.
A delegada explicou que o pedido de prisão preventiva contra o pai do menino foi deferido ainda na segunda-feira (3) pela Justiça, mas, por causa da restrição da prisão de eleitores no período eleitoral, ele só foi detido nesta quinta.
Entre os indícios encontrados pela polícia estão outros celulares quebrados, que também teriam sido alvo de acessos de raiva do agressor, uma colcha com cortes, que teriam sido feitos para disfarçar manchas de sangue, e outros objetos ensanguentados na casa.
Os depoimentos da mãe do bebê e de parentes também foram considerados pela delegada no pedido de prisão.
Percebemos que já havia uma relação de violência doméstica antes mesmo da lesão sofrida pela criança. A mãe declarou que já era o quarto celular que o autor quebrava do mesmo modo, só que, infelizmente, agora a vítima foi a criança.
No registro de óbito da criança, a causa da morte apontada foi traumatismo craniano por ação contundente. A perícia requisitada no corpo do bebê ainda não teve resultado divulgado.
Agora, além de seguir com as investigações sobre a autoria do pai na morte da criança, a polícia também investiga quem foi responsável pela limpeza da cena do crime e quem mudou os objetos da casa de lugar antes da perícia.
RELEMBRE O CASO
O menino de dois meses morreu no sábado (1), após passar três dias internado em um hospital do município de Santa Maria (GO). O enterro da criança foi realizado na terça-feira (4).
Conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos após levar o filho ao hospital, o pai afirmou que discutiu com a esposa, colocou o filho em um bebê conforto ao lado dela, viu uma mensagem que não gostou no celular e arremessou o aparelho com intenção de atingir a parede.
"Ele disse que lançou o aparelho com intenção de quebrar, mas acabou lançando na criança e resultando na tragédia", afirmou a delegada.
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