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VIOLÊNCIA

Padrasto que espancou enteado é achado morto em SP

O homem era acusado de ter quebrado oito costelas do enteado de apenas quatro anos. A mãe da criança foi presa por participar do espancamento do filho.

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Imagem ilustrativa da notícia Padrasto que espancou enteado é achado morto em SP camera O caso gerou comoção e revolta nas redes sociais. | Reprodução

Uma criança de apenas, 4 anos de vida, encontra-se internada em um hospital do litoral de São Paulo, desde o dia 29 de setembro, devido a agressões efetuadas pela mãe e pelo padrasto. A vítima teve oito costelas e um braço quebrado. Após bater nele, a mãe da criança fez um vídeo dizendo que cometeu a agressão porque na casa dela "ele não ia bagunçar". O caso gerou comoção e revolta nas redes sociais.

Na última quarta-feira (5), o homem foi encontrado morto pela polícia, com marcas de tiros no tórax, rosto e mãos. A mãe, que foi presa, havia fugido após o crime e se escondeu na cidade de Itanhaém, que também fica na Baixada Santista. Ela foi encontrada por policiais do 2º DP de São Vicente, na casa de familiares, e não resistiu à prisão.

Julia Cristina Pereira, seria a responsável por agredir o filho junto ao seu companheiro e padrasto da criança, que, segundo informações da polícia, foi assassinado por criminosos.

Em entrevista, a conselheira tutelar Renata Mendonça, que acompanhou o atendimento do caso, disse que nunca havia presenciado um caso envolvendo uma história e cenas tão chocantes contra uma criança.

Além do menino, outras três crianças foram encontradas com marcas de agressão. A mãe das vítimas tem outros cinco filhos. O menino de 4 anos permanece internado na Santa Casa de Santos.

Dois irmãos dele viviam com o pai até quatro meses atrás quando o homem perdeu a esposa para um câncer.

Os agressores se ofereceram para cuidar das crianças enquanto o pai se recuperava da perda.

"Foi a mãe do padrasto, a avó 'postiça' do menino quem levou ele até o hospital. Quando vimos a cena, foi de cortar o coração. Nós pensamos que ele não ia resistir. Ele não se mexia, não reagia. Depois soubemos que havia outras crianças na casa", disse a conselheira.

"E retornamos lá para buscá-las. Tivemos que aplicar medidas cautelares para todas. As crianças que são filhos do primeiro casamento já estão com o pai. Já a menor, filha da mãe com o padrasto, está sendo assistida em abrigo", completou.

"Soubemos que ele deixou a UTI na segunda-feira (3) e que está se recuperando, apesar de sua saúde ainda inspirar cuidados. Mas agora quem está cuidando dele é o pai. A mãe não poderá mais se aproximar das crianças. Está proibida pelas medidas cautelares", disse Renata.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, informou que o crime está sendo investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher de São Vicente. Já a morte do padrasto é investigada pela Delegacia de Investigações Gerais de Praia Grande.

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