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VIOLÊNCIA

Criminosos incendeiam carro do SBT e repórter é agredido

O repórter cinematográfico Alex Nepomuceno foi rendido e agredido por bandidos no Complexo da Penha.

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Imagem ilustrativa da notícia Criminosos incendeiam carro do SBT e repórter é agredido camera Carro de reportagem da TV Tribuna, afiliada do SBT, foi incendiado por criminosos em Vitória (ES). | Reprodução/ Redes Sociais

Um carro de reportagem da TV Tribuna, afiliada do SBT no Espírito Santo, foi incendiado por criminosos no Complexo da Penha, na capital Vitória. De acordo com a emissora, um repórter cinematográfico chegou a ser rendido e agredido por bandidos.

A ação aconteceu no final da amanhã de hoje, quando o repórter Alex Nepomuceno iria encontrar uma equipe de reportagem na região do Morro do Bonfim. Ao entrar em uma rua, ele foi cercado por um grupo de criminosos fortemente armados, que apontou pistolas em sua direção.

Os bandidos ordenaram que a vítima deixasse o veículo. Ela foi agredida com uma coronhada e fizeram tortura psicológica. Além disso, efetuaram disparos perto dele, antes de atearem fogo no carro da emissora de televisão. Um dos criminosos chegou a entregar nas mãos do cinegrafista um munição e pediu parar entregar à repórter policial do SBT, Suzy Faria.

A reportagem entrou em contato com a emissora, que confirmou o episódio. A repórter Suzy contou que, apesar de todas a situação, eles ficaram bem. "Eles fizeram toda aquela tortura com ele, o colocaram de joelhos e deram tiros, mas graças à Deus ele está bem", afirmou a jornalista.

O repórter cinematográfico foi até a 1ª Delegacia Regional de Vitória para formalizar um boletim de ocorrência e prestar depoimento ao delegado. Um menor de idade que pode ter participação no ataque foi apreendido pela Polícia Civil."Infelizmente essa situação aconteceu. O profissional ficou rendido em uma rua que teria se perdido. Esse ataque mostra uma retaliação contra o trabalho da imprensa e isso é inadmissível. Prontamente nós atuamos ali e já ocupamos toda a comunidade. Lamentamos profundamente esse episódio e vamos trabalhar para punir os responsáveis por esse atentado", afirmou o tenente coronel Menezes, comandante da PM na região.

A Rede Tribuna disse que a primeira providência que tomou foi resguardar a vida do profissional. "Solicitamos a escolta policial para o cinegrafista e para a outra equipe que estava na região. Apesar da extrema ameaça sofrida, com agressão, ele está bem e recebe todo o apoio da empresa. A Rede Tribuna se solidariza com os nossos profissionais e repudia qualquer violência contra a imprensa", explicou o grupo em nota oficial enviada à reportagem.

ÔNIBUS FOI METRALHADO

Um ônibus foi metralhado por bandidos no bairro Consolação, que faz parte do Complexo da Penha, em Vitória. De acordo com a Polícia Militar, antes do ataque, o motorista do coletivo e outros cinco passageiros foram retirados às pressas do veículo e se abrigaram na região.

Os moradores da região relataram a reportagem que foram ouvidos mais de 30 disparos na comunidade. "Pareciam fogos de artifício, mas na verdade eram tiros. O comércio não abriu as portas. Ninguém está levando os filhos nas escolas. Está todo mundo com medo", afirmou uma moradora que preferiu não se identificar.

No início da tarde um outro coletivo foi incendiado por criminosos também armados na área do bairro Santo Antônio, próximo do Complexo. Os passageiros foram expulsos do coletivo e também não se feriram.

AÇÃO FOI MOTIVADA POR MORRO

A Polícia Militar confirmou que os ataques têm sido em retaliação às ações da PM no Complexo da Penha e também por causa de uma morte na região. A vítima seria o segurança de um traficante que atua na área.

O jovem foi identificado como Jonathan Cândida Cardoso, de 26 anos. Os militares receberam denúncias ontem de que Fernando Moraes Pereira Pimenta - mais conhecido como Marujo - estava com seguranças armados se organizando para promover um ataque a gangues rivais. Marujo é procurado pela polícia.

Os militares chegaram ao local exato e trocaram tiros com os criminosos. Um desses suspeitos seria Jonathan, que foi atingido e não resistiu aos ferimentos. O jovem já tinha um mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas. O restante do grupo conseguiu escapar. Armas de fogo e munições de diversos calibres foram apreendidos.

Após a situação, os suspeitos usaram uma rede social para declarar guerra ao governo do estado. Em uma das publicações eles disseram: "Bala nos cachorros do governo safado". Em outra publicação: "Estamos só o ódio da farda". Numa outra página eles chegaram a dizer: "Vamos parar tudo. Estamos pra ódio. Muita bala no Casagrande".

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