Lula divulga carta aos religiosos: "direito sagrado"

O ex-presidente Lula (PT) divulgou, nesta quarta-feira (12), uma carta aberta direcionada aos evangélicos e demais religiosos do país. No documento, o candidato à Presidência da República reforça seu compromisso com a liberdade de culto e crença no País.

O texto inicia afirmando que "a religião é um direito sagrado e fundamental e deve ser respeitado por todas e todos nós”. Na sequência, a nota ressalta: “Todas as religiões exercem um papel fundamental na formação do ser humano”.

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O texto está alinhado às recentes manifestações de Lula em relação aos religiosos. Na semana passada, o petista participou de um ato ao lado de franciscanos, no qual condenou o uso político da religião que seu adversário neste segundo turno, o presidente Jair Bolsonaro (PL), estava realizando.

Na última semana, Bolsonaro foi duramente criticado por católicos que o acusaram de tentar usar o Círio de Nazaré para fazer campanha política. Na ocasião, o governador do Pará, Helder Barbalho, afirmou que o Círio precisava ser "preservado e que não se tente fazer com o Círio de Nazaré aquilo que tentaram fazer com a Independência do Brasil: apropriação política".

A própria arquidiocese ressaltou que Bolsonaro não havia sido convidado para participar da festividade em Belém. O presidente também demonstrou falta de familiaridade com o evento religioso, errando até mesmo o nome, escrevendo "Sírio", com a letra "s". A sua participação na Romaria Fluvial foi criticada pelo eleitorado.

Além de destacar o compromisso de Lula com a liberdade religiosa no País, o documento também pede que as igrejas sejam valorizadas como instituições importantes para a sociedade brasileira.

“As igrejas são instituições de fundamental importância na constituição de uma sociedade e precisam ser valorizadas, pois além de serem espaços sagrados, […] ajudam a promover a paz, a justiça e a fraternidade”, afirma a carta.

“[Em nosso governo] Todas as religiões e templos religiosos serão respeitados e tratados com dignidade, como já fizemos em governos anteriores”, complementa.

Leia a íntegra da carta aberta aos religiosos: