Os "gritos de guerra" fazem parte de toda competição entre equipes. É comum as torcidas darem força para os times e brincar com os adversários. Contudo, brincadeiras tem limites e deixam de ser sadias quando ofendem e expõe uma pessoa. No caso do que se viu em Vassouras (RJ), no início desta semana, foi uma ofensa contra toda uma categoria de trabalhadores e pais de família. O pior de tudo é que o ataque partiu de um grupo de universitários.
A cidade sedia os Jogos Universitários de Medicina (Intermed) e durante a competição, os estudantes da Universidade Iguaçu de Itaperuna (Unig) proferiram um ataque aos motoboys para provocar os adversários durante o grito de guerra. "Sou playboy, não tenho culpa se seu pai é motoboy", cantavam.
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Diante da repercussão, a instituição foi banida da cidade e a prefeitura informou que vai multar a Unig."Um grito de guerra de uma torcida participante do Intermed, Unig Itaperuna, se transformou em um ato explícito de preconceito e desrespeito à uma classe de trabalhadores tão digna e essencial, que são os motoboys. Profissionais que se mostraram corajosos, guerreiros e solidários, principalmente durante a pandemia", disse o prefeito.
A universidade está proibida de participar de eventos em Vassouras. O vídeo com o grito de guerra viralizou. Assista:
Sem comentários para esse grito de guerra da UNIG-RJ pic.twitter.com/AgyKk6CnwA
— Gustavo (@gustavoaxb) October 10, 2022
Em nota, a Unig alegou que "não tem ingerência sobre frases ditas por seus alunos, principalmente em ambiente externo, mas que, diante dos fatos e das disposições de seu código de ética e conduta, adotará providências possíveis para que episódios similares não se repitam".
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O Diretório Acadêmico Dr. Renam Catharina Tinoco (DARCT), do curso de Medicina da Unig, afirmou que não compactua "com nenhum tipo de repressão ou desrespeito à raça, gênero ou classe social".
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