Nem mesmo um dos melhores roteiristas de filme policial conseguiria criar uma história tão surpreendente e intrigante para o cinema, mas depois de conhecer este caso poderá, sem medo de errar, se basear num fato real que aconteceu em Brasília.
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Trata-se do assassinato do empresário Jordan Lombardi, de 40 anos de idade, Ele foi morto pela noiva dele - a modelo e bacharel em Direito Marcella Ellen, de 31 anos de idade. O crime foi no Motel Park Way. A história envolve sexo, drogas, arma, tiro, prostituição, fuga em alta velocidade com a suspeita dirigindo o carro totalmente nua e fora de si.
O casal se conheceu em São Paulo, onde Marcella foi tentar a vida de modelo e lá conheceu Jordan, um alto executivo de uma empresa de consultoria norte-americana que atua na capital paulista. Estavam juntos há dois anos e foram a Brasília para dar início aos preparativos do casamento. A mulher é natural do Distrito Federal, onde mora toda a família dela.
Ela e ele chegaram ao estabelecimento na última segunda-feira (7), no final da tarde, e lá permaneceram até a madrugada de hoje (9), quando Marcella fugiu, nua e armada, no carro dele, em alta velocidade, derrubando até o portão do motel. No quarto que ocupavam, os funcionários encontraram o cadáver do empresário.
Quando a Polícia foi acionada e chegou ao local do crime, o corpo de Jordan apresentava um tiro no olho, hematomas no rosto e já estava com sinal de rigidez cadavérica.
A modelo está presa e deverá passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (10). Ela foi autuada em flagrante por homicídio e roubo.
Mas o que aconteceu, afinal? Por que ela matou o noivo?
A sucessão de acontecimentos é que chama atenção tanto das autoridades quanto quem não perde uma boa história policial. A cronologia dos fatos foi fornecida principalmente pela defesa de Marcella e por algumas testemunhas.
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O casal, como já dito anteriormente, estava desde a segunda-feira (7), no motel. Segundo o próprio advogado de defesa, Johnny Cleik Rocha da Silva, os dois consumiram uma grande quantidade de drogas - indo do ecstasy à cocaína e passando pela maconha.
Na terça-feira (8), os dois decidiram contratar um garoto de programa para participar da orgia. O rapaz chegou ao local em um carro de aplicativo, mas não teria passado nem duas horas no motel.
"Eles estavam muito drogados. Ontem, eles decidiram chamar um garoto de programa para ficar com eles. Segundo ela me contou, o rapaz chegou, ficou um tempo, mas descobriu que havia muita droga e também uma arma ali no quarto. Ele desconversou e foi embora", disse o advogado.
Na madrugada desta quarta-feira (9), o casal teria se desentendido. Na discussão ela pegou a arma do empresário e ele a esbofeteou duas vezes. "Foi nesse momento que ela conta que, sem pensar, apertou o gatilho", relata Silva.
Ao perceber que tinha matado o noivo, a modelo fugiu do local no Audi Q7 da vítima. Para deixar o motel, derrubou o portão. Ela pegou apenas a arma e bolsa dela. Nem teria se vestiu.
Ela não sabia que o veículo era rastreado e tinha trava de segurança que fez o carro desligar seis quilômetros depois de deixar o local do crime. O advogado contou que mesmo nua, a modelo abordou duas vans escolares, sem sucesso.
A mulher conseguiu render um motorista de caminhão, com quem seguiu viagem até Girassol (GO). Lá o caminhoneiro estacionou numa padaria e fugiu. "Ela ficou então sozinha, nua, com a bolsa e a arma. Já muito cansada e emocionalmente abalada, ela resolveu descer, jogou a bolsa no chão, jogou a arma e gritou que chamassem a polícia porque ela queria se entregar", desfechou o advogado de defesa.
Na Delegacia de Águas Lindas, em Goiás, segundo a polícia, Marcella confessou a autoria do homicídio.
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