Na noite da última segunda-feira (12), apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que permanecem inconformados com o resultado das urnas eletrônicas, tentaram invadir a sede da Polícia Federal e atearam fogo em carros e ônibus, após a diplomação do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo os manifestantes, um indígena chamado de Cacique Tserere teria sido preso por ondem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal)e levado da frente do Palácio da Alvorada por agentes da corporação.
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QUEM É O "CACIQUE"?
José Acácio Serere Xavante, mais conhecido como Cacique Tserere, casou com uma mulher não indígena há seis anos, é evangélico e atua como pastor, ganhou notoriedade entre grupos bolsonaristas desde que as manifestações em frente ao Quartel-General do Exército começaram em Brasília.
Tserere não tem a função de cacique na aldeia dele, na verdade quem comanda o local é o Cacique Celestino. Interlocutores da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), explicam que o indígena não é tradicional. A decisão religiosa ocorreu após ser preso por tráfico de drogas. Ele diz que recebeu uma aula para se tornar pastor dentro da prisão e depois "seguiu o chamado".
Além disso, o indígena estaria recebendo ajuda financeira de um fazendeiro Paulista, chamado Dide Pimenta, natural de Araçatuba, que tem propriedade em Campinápolis (MT), que estaria ajudando a custear os dias que Tserere está passando na capital.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o fazendeiro afirma que foi procurado pelo indígena porque precisava de ajuda financeira, para ajuda na manifestação. No registro, o fazendeiro pede ajuda e avisa que os valores podem ser repassados direto para o pix do Cacique.
O indígena anda sem camisa e com o corpo pintado, ele já foi filmado criticando o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e afirmando que teria havido algum tipo de fraude na eleição que deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com a Polícia Federal (PF), o indígena teria realizado manifestações de cunho antidemocrático em diversos locais, como em frente ao Congresso Nacional, no Aeroporto Internacional de Brasília, no Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios e em frente ao hotel onde está hospedado o presidente eleito Lula (PT).
Segundo relatos nas redes sociais, agentes da PF teriam entrado na caminhonete que o indígena usava para se deslocar do Palácio da Alvorada de volta para o QG e o levaram. Bolsonaristas acusam o ministro Alexandre de Moraes de ordenar a prisão de Tserere.
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