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É possível fingir ser premiado na Mega da Virada? Confira!

Muitas pessoas possuem dúvidas sobre a segurança dos trâmites nos sorteios das Loterias, então confira uma sequência de perguntas e respostas sobre o assunto.

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Imagem ilustrativa da notícia É possível fingir ser premiado na Mega da Virada? Confira! camera Mega da Virada de R$ 500 milhões virou sonho de consumo de todos os brasileiros, mas alvo de muitas dúvidas | Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nesta sexta-feira (30) e no sábado (31), os apostadores que ainda não fizeram sua "fézinha" vão correr para as lotéricas para apostar na Mega da Virada 2022. Com um prêmio estimado em R$ 500 milhões, difícil encontrar quem não queira ganhar esta verdadeira bolada.

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Mas, muitas pessoas não tem muito conhecimento sobre como funcionam os sorteios das Loterias da Caixa Econômica Federal e possuem muitas dúvidas, principalmente sobre a segurança do processo.

Pensando nisso, o portal UOL selecionou sete dúvidas bastante recorrentes dos internautas e apostadores para que o gerente nacional de loterias da instituição, Edilson Carrogi, pudesse respondê-las. Confira abaixo a sessão de perguntas e respostas:

É possível emitir uma aposta da Mega com data e horário retroativos?

Tal hipótese é impossível de ocorrer. As Loterias da Caixa mantêm sob rígido controle todos os processos e rotinas operacionais relacionados à captação de apostas, ao sorteio, à apuração das apostas premiadas e ao pagamento de prêmios, com o objetivo de garantir total segurança das informações e a conformidade legal das operações.

Há como saber, minutos após o fim das apostas, todas as combinações não jogadas?

A hipótese de apertar um botão minutos após o encerramento das apostas para levantar qualquer tipo de dado é realmente impossível de ocorrer. A Caixa dispõe de mais de 13 mil casas lotéricas, onde são efetuadas, em média, 202.442.252 transações por dia, entre jogos e não jogos.

Mantemos um rígido controle desse procedimento, considerado o mais adequado para a periodicidade e volume de dados envolvidos, que também é auditado pelos órgãos fiscalizadores do governo federal, como TCU (Tribunal de Contas da União) e a CGU (Controladoria-Geral da União), por exemplo. Ao implementar os controles exigidos, a Caixa garante a conformidade dos seus processos com requisitos legais, a credibilidade de sua imagem como operadora de jogos e a confiança de apostadores e demais partes interessadas.

Por que a Caixa não pede a identificação do apostador no jogo feito?

A Caixa não faz a identificação do apostador por diversos motivos, pois, além das questões legais vigentes, devido ao grande volume de apostas comercializadas —são mais de 2 bilhões de apostas por ano—, a identificação iria impactar na rotina operacional das unidades lotéricas e, consequentemente, no tempo de atendimento.

Mas o recibo de aposta configura-se um título ao portador, e é possível torná-lo pessoal e intransferível, bastando que o apostador escreva no verso do bilhete, no campo disponível, o seu nome completo e o CPF. Isso é suficiente para garantir ao cliente que somente ele poderá receber o prêmio, no caso de premiação. Em função do exposto, a identificação do apostador não é prática usual no modelo vigente no Brasil e no mundo, sendo viável em canais virtuais, como por exemplo, as loterias na internet.

Nos Estados Unidos, a entrega do prêmio é feita perante o público. Por que isso não acontece no Brasil?

A Caixa mantém registros de todos os prêmios pagos em suas agências e armazena os dados de identificação dos ganhadores que recebem seus prêmios. Em consonância com a legislação vigente, estes dados são mantidos em sigilo e são fornecidos somente mediante requerimento dos órgãos constitucionalmente competentes para solicitá-los.

A Caixa não divulga o nome nem dados dos ganhadores ao público em geral, tendo em vista que o ganhador tem o direito garantido pela Constituição Federal (Art. 5º, incisos X e XII) à inviolabilidade de sua vida privada, por questões relativas à sua segurança e dos seus familiares.

Para evitar a ideia de "fraude", é possível "escanear" o bilhete com a aposta vencedora e torná-lo público?

A digitalização do "bilhete" de aposta é desnecessária, visto que todos os dados da aposta são armazenados no sistema de loterias e cada aposta recebe sua identificação única neste sistema. Além de redundante, a digitalização não se traduz em benefício algum para o processo, especialmente devido ao grande volume de apostas premiadas.

Por que se espera uma hora, após o término das apostas, para se fazer o sorteio? E por que a divulgação do rateio não é imediata?

A espera citada pelos apostadores para conhecer a cidade dos ganhadores após o sorteio se dá porque, antes desta divulgação, para garantir a lisura da informação, todas as apostas são apuradas por dois sistemas que fazem os registros simultâneos e são confrontados após o encerramento das apostas e do sorteio. Um é o sistema próprio de loterias, que processa todas as informações das apostas e emite relatório das que forem ganhadoras. O segundo sistema é o auditor, que efetua processamento semelhante para garantir a fidedignidade das apostas ganhadoras, e posterior divulgação. Esse procedimento garante total segurança à integridade das informações e processos envolvidos nessas operações. Esse batimento desses dois sistemas impossibilita qualquer adulteração de dados das apostas efetuadas e impede a inserção de novas apostas após o encerramento das vendas, que ocorre uma hora antes do início do sorteio.

Por que a Caixa não disponibiliza, até uma hora antes do sorteio, os arquivos para download com todas as apostas realizadas por Estado?

As apostas se encerram uma hora antes do sorteio e seria inviável disponibilizá-las a tempo, além disso, devido ao grande volume de apostas comercializadas —são mais de 2 bilhões de apostas por ano—, seria difícil sua disponibilização para visualização em um site, o que não agregaria benefícios ao processo.

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