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EDUCAÇÃO PROGRESSISTA

Propostas podem contribuir para educação brasileira em 2023

Membros da Cátedra Alfredo Bosi de Educação Básica da USP elaboram contribuição ao processo de reconstrução da Educação Pública no Brasil.

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Imagem ilustrativa da notícia Propostas podem contribuir para educação brasileira em 2023 camera Reprodução

O novo ano inicia com perspectivas de mudanças em vários níveis, incluindo na área da Educação. Visando contribuir com esse processo de transformação, membros da Cátedra Alfredo Bosi de Educação Básica do Instituto de Estudos Avançados da Universidade São Paulo (USP) prepararam um texto como forma de auxiliar na reconstrução da Educação Pública no Brasil.

O documento chamado “Anotações para um projeto progressista na Educação Brasileira 2023” foi concebido por Luís Carlos de Menezes e compilado por Naomar de Almeida Filho. Além deles, teve contribuições de mais de 30 professores e pesquisadores – entre eles, dois coordenadores da Rede CpE, Roberto Lent e Débora Foguel.

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A meta do documento é pensar estrategicamente o futuro da educação brasileira a partir da interface entre educação básica e superior. Entre as ‘anotações’, há uma análise de conjuntura nacional e global da área, com foco especial na Educação Básica. São levados em consideração aspectos do contexto político recente como base para propostas concretas aos desafios impostos pela realidade, incluindo os impactos deixados pela pandemia de covid-19.

Propostas

Ao todo, o grupo de professores faz dez propostas, sendo uma em caráter de urgência: viabilizar um mutirão nacional para recuperar déficits educacionais resultantes da pandemia. “Podemos pensar no mutirão como um regime de colaboração que envolva as universidades e institutos federais e as escolas do país, bem como os municípios, estados e governo federal para que passem a atuar de forma ainda mais sinérgica e complementar para que, no menor tempo possível, a gente possa retomar e, principalmente, acelerar o crescimento da qualidade da educação básica no país”, destaca Débora Foguel (UFRJ).

Entre as demais propostas há sugestões para ampliar a oferta e qualificação de professores; aperfeiçoar as rotinas pedagógicas, de avaliação e de gestão; a proposição para aprimorar a articulação entre educação básica e superior; e, a longo prazo, busca-se fomentar a pesquisa translacional em educação gerando metodologias inovadoras e efetivas em todos os níveis de ensino.

“Essa modalidade de pesquisa tem sido defendida pela Rede CpE como uma maneira de mobilizar pesquisadores de várias especialidades, básicas ou aplicadas, para inspirar seu trabalho nos problemas da educação. Essa opção daria maior grau de eficácia às sugestões de política e prática educacional, uma vez que seriam baseadas em evidências obtidas com rigor científico”, conta o coordenador da Rede CpE, Roberto Lent.

Olhando para o futuro

O grupo de pesquisadores ressalta ainda que a “base da ação transformadora necessária são os direitos humanos e seus correlatos, como a questão ambiental, a equidade econômica, a proteção social, a qualidade de vida, a participação política, o respeito à diversidade humana”, segundo o documento.

Por isso, é fundamental e urgente promover uma ampla defesa de valores humanos e práticas sociais capazes de fortalecer o compromisso de cidadãos e cidadãs com sociedades mais justas, democráticas, inclusivas, sustentáveis e responsáveis. Nesse aspecto, também são levantadas questões sobre o papel da Educação no combate ao racismo estrutural e a importância da manutenção e fortalecimento da Lei de Cotas Raciais e Sociais.

Para Foguel, as “Anotações para um projeto progressista na Educação Brasileira 2023” são uma forma contribuir com o novo governo que se inicia, levando em consideração o cenário de dificuldades e desafios impostos pela realidade do país. Por isso, “é urgente cuidar como nunca da educação no Brasil!”, resume a pesquisadora. O documento completo pode ser acessado aqui.

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