Um domingo atípico e que ficará marcado na história política do Brasil foi acompanhado com revolta e temor por parte dos brasileiros neste dia 8 de janeiro de 20023. O ataque às sedes dos Três Poderes do país chocou a população e trouxe sombra à democracia.
Após os terroristas pró-Bolsonaro invadirem o Congresso Nacional, sede do Legislativo; o Palácio do Planalto, sede do Executivo; e o Supremo Tribunal Federal (STF), sede do Judiciário, Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, anunciou a prisão de 200 pessoas que atuaram nos ataques aos prédios públicos em Brasília. Os números foram atualizados pela Polícia Civil do Distrito Federal e já chegam a 300 detidos.
Veja também:
Políticos e autoridades condenam invasão ao Congresso; veja
Veja imagens dos atos terroristas que abalaram Brasília
Os terroristas estão sendo levados para o Departamento de Polícia Especializada (DPE) da Polícia Civil do DF em vários ônibus da PM, os quais, inclusive, chegaram a ser vandalizados e tiveram os vidros quebrados.
Durante coletiva à imprensa, Flávio Dino anunciou que 40 ônibus que trouxeram os terroristas a Brasília foram apreendidos, conduzidos para a sede da Superintendência da Polícia Federal e todos os passageiros destes veículos já foram identificados e deverão ser responsabilizados pelos crimes cometidos neste domingo (08).
Além disso, o ministro de Justiça e Segurança Pública expôs que já foram levantados dados de onde os ônibus partiram, de onde os terroristas vieram e quem está por trás do financiamento dos atos, desde o aluguel dos coletivos, até a disponibilização de estadias e insumos para os golpistas.
Já sobre uma possível acusação de responsabilidade do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), Flávio Dino disse que as responsabilidades serão apuradas e que ele "não quer crer" que o chefe do Executivo do DF foi conivente com a ação terrorista.
"O governador Ibaneis vai prestar os esclarecimentos cabíveis, mas não há nenhum planejamento por parte do Governo Federal que pese contra ele, como afastamento ou qualquer outra coisa parecida. A intervenção federal na segurança pública do DF já é suficiente para restabelecer a ordem em Brasília", declarou o ministro.
CRÍTICAS À PMDF E EXONERAÇÃO
Extremamente criticada pela passividade e até mesmo possível conivência quanto aos atos terroristas, a PMDF segue no meio de uma tensão institucional que provocou a exoneração do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, e de um decreto presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de intervenção federal na segurança pública no território.
Especula-se, ainda, que Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), seja responsabilizado e preso pela omissão da PMDF no ataque terrorista este domingo (08).
O pedido foi feito pela Advocacia-Geral da União ao STF. Segundo a AGU, além de Torres, também foi pedida a prisão em flagrante de todos os envolvidos nas invasões e também de "demais agentes públicos responsáveis por atos e omissões", além da apuração e responsabilização civil e criminal dos invasores.
VEJA O VÍDEO:
Começam a chegar na Delegacia de Polícia Especializada de Brasília os criminosos presos pelos atos de extremismo na Esplanada dos Ministérios
— Alan Rios (@alanriossr) January 8, 2023
O vidro de trás do ônibus que levou os bolsonaristas foi completamente destruído pic.twitter.com/s1bvFD1mm3
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar