Dezenas de democratas da Câmara, incluindo alguns dos principais membros do Comitê de Relações Exteriores, enviaram uma carta na última quarta-feira (11) ao presidente americano Joe Biden pedindo a revogação do visto diplomático do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Bolsonaro está nos EUA desde o dia 30 de dezembro do ano passado, dois dias antes da posse de seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva.
A carta relata ataque de manifestantes bolsonaristas ocorrido no último domingo (08), na sede dos Três Poderes no Distrito Federal. Ainda no documento, os Democratas explicam que a depredação dos prédios públicos ocorreu após os eleitores não aceitarem a derrota de Bolsonaro nas eleições do ano passado. Segundo os golpistas, o pleito foi fraudado.
“Pelo que entendemos, como o senhor Bolsonaro entrou nos Estados Unidos quando ainda era presidente do Brasil, pode tê-lo feito com o visto A-1, reservado a indivíduos em visitas diplomáticas ou oficiais”, afirma a carta, liderada pelo deputado Joaquin Castro (D-Tex.) e assinado por 45 outros, incluindo o deputado Gregory W. Meeks (D-N.Y.), que assumiram o controle da câmara este ano.
Como Bolsonaro não é mais titular do cargo, acrescenta a carta, “pedimos que você reavalie sua situação no país para verificar se há base legal para sua permanência e revogue qualquer visto diplomático que ele possa possuir”.
Jake Sullivan, conselheiro de Biden, disse que o governo não recebeu nenhum pedido oficial do governo brasileiro relacionado a Bolsonaro, mas "tratará com seriedade" as perguntas sobre o status de seu visto.
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