Andres Eduardo Oñate Carrillo, de 32 anos, passará por audiência de custódia na tarde desta terça-feira (17), no Rio de Janeiro. O anestesista colombiano é acusado de estuprar pacientes durante a realização de cirurgias, além de registrar em vídeo os abusos sexuais.
Segundo Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), a audiência ocorrerá no período entre as 13h e 18h e definirá se o abusador terá o direito de responder ao inquérito em liberdade ou se seguirá preso até o julgamento.
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O médico anestesista foi preso na última segunda-feira (16), na própria casa na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, por estupro contra duas pacientes durante procedimentos cirúrgicos, em hospitais do Rio de Janeiro.
Segundo investigadores, o suspeito abusava das mulheres enquanto elas estavam sob o efeito de anestesia. Como ele gravava os abusos em vídeos, também responderá a um inquérito por produção e armazenamento de cenas de abuso infantojuvenil.
De acordo com os agentes da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), os estupros cometidos por Carrillo teriam ocorrido no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, na Ilha do Governador, na Zona Norte, e no Hospital Estadual dos Lagos Nossa Senhora de Nazareth, em Saquarema, na Região dos Lagos.
O abuso na Ilha do Governador ocorreu em 5 de fevereiro de 2021, durante uma cirurgia para retirada de útero, enquanto que o da unidade da Região dos Lagos aconteceu em 15 de dezembro de 2020, quando a paciente passava por uma cirurgia de laqueadura.
Durante o depoimento à Polícia Civil, o acusado confessou que esperava "a melhor hora" para esfregar o pênis nas pacientes.
ABUSO INFANTOJUVENIL
As investigações contra o médico, que tiveram início em dezembro de 2022, constataram que o colombiano armazenava em mídias eletrônicas aproximadamente 20 mil arquivos contendo imagens de abuso sexual envolvendo crianças e adolescentes.
Ao submeter o material apreendido à análise, os policiais ficaram surpresos pela quantidade e gravidade dos registros, que apresentavam abusos cometidos até contra bebês recém-nascidos. Além disso, os peritos da PCRJ também tentam descobrir se o anestesista teria deletado vídeos e fotos do seu celular e notebook, em uma tentativa de se livrar de provas de outros crimes.
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