A varejista Americanas entrou nesta quinta-feira (19) com o pedido de recuperação judicial. A empresa já havia informado mais cedo que iria entrar com a solicitação "nos próximos dias ou nas próximas horas". Na última semana, as Americanas descobriram um rombo no caixa, acumulando uma dívida de R$ 43 bilhões.
Caso a Justiça aceite o pedido, a companhia ganha o direito de não pagar as dívidas enquanto tenta se recuperar economicamente. Após isso, a empresa ainda vai precisar apresentar um plano de recuperação dos negócios, que devem incluir a venda de ativos e um desconto na dívida.
Na história do país, apenas outros três pedidos envolveram dívidas maiores, casos da Odebrecht (R$ 80 bilhões), Oi (R$ 65 bilhões) e Samarco (R$ 65 bilhões).
A empresa reclama da atitude do banco BTG Pactual, que na quarta-feira (18) conseguiu um mandado de segurança na Justiça para bloquear R$ 1,2 bilhão na conta da empresa junto à instituição financeira. Com isso, diz a Americanas, a companhia tem apenas R$ 800 milhões em caixa. Os advogados da empresa pedem a anulação da liminar.
Dez dias após assumir o cargo, o ex-CEO da empresa, Sérgio Rial, descobriu uma "inconsistência contábil" de R$ 20 bilhões, deixando o cargo em seguida. Com a análise do problema, foi verificado que a companhia soma R$ 43 bilhões em dívidas para fornecedores, questões trabalhistas e credores financeiros, como o banco BTG Pactual.
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