Chega ao fim nesta terça-feira (31) a intervenção federal no Distrito Federal, necessária após os atos golpistas do dia 8 de janeiro. Nas redes sociais, o interventor da Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, comemorou o fim da ação.
Foram dias duros. Tive que tomar decisões importantes no calor dos acontecimentos. Fiz o meu melhor, espero ter acertado. Ele acrescentou que voltará ao Ministério da Justiça com o "sentimento de dever cumprido".
Agradeço a toda(o)s que enviaram mensagens com palavras de incentivo. Recebi uma corrente de energia positiva extraordinária que me acolheu nas madrugadas de insônia. Sem vocês seria muito mais difícil. Vamos em frente com @LulaOficial e @FlavioDino, com muita fé no futuro.
— Ricardo Cappelli (@RicardoCappelli) January 31, 2023
Antes de deixar o cargo, Ricardo Cappelli elaborou um plano de segurança para a posse de parlamentares e reabertura do ano judiciário na quarta-feira (1º).
Exército e PM suspeitos
Em seu relatório final sobre o 8 de janeiro, Cappelli diz que houve falha operacional dos comandantes das forças de segurança do Distrito Federal e também aponta diretamente a conivência de militares para com a manutenção do acampamento bolsonarista em frente ao QG do Exército, em Brasília.
O local seria um "centro de planejamento contra a democracia", segundo Cappelli.
Leia a íntegra do relatório do interventor
O texto lista todas as operações planejadas para a desmobilização do acampamento golpista até 9 de janeiro, dia seguinte à manifestação, e diz que os avanços foram interrompidos por "orientação do Exército Brasileiro".
"Desde o fim de 2022, ocorreram ações planejadas com o intuito de desmobilização do acampamento, porém foram canceladas por fatores alheios às forças de segurança do Distrito Federal, sendo algumas operações interrompidas já em andamento e com tropas da segurança pública no terreno, por orientação do Exército Brasileiro", diz o relatório.
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