Um homem identificado como Marcelo Benedito da Silva, 46, é acusado de chefiar um esquema criminoso que aluga crianças para pedirem dinheiro no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. As informações são do portal Metrópoles.
Número de casamentos e divórcios cresce no Brasil
Segundo o site, o esquema funciona da seguinte forma:
- Marcelo contrata algumas mulheres, em horários e dias diferentes, que fingem ser sua esposa;
- Ele aluga crianças por algumas horas para praticar mendicância em um esquema que chega a faturar até R$ 1 mil por dia;
- As mães de aluguel acompanham as abordagens das crianças junto aos passageiros e recebem cerca de R$ 300;
- Marcelo e a mãe de aluguel enganam os passageiros ao inventarem histórias de que estão passando por necessidades ou de que perderam o voo;
A esposa de Marcelo, Débora Maris da Silva, também é suspeita de coordenar outro grupo que usa crianças para pedir dinheiro no aeroporto.
O grupo funciona com pelo menos 20 pessoas, que se revezam em turnos de 12 horas, para operar dia e noite. O Terminal 3, de voos internacionais, é o mais disputado pelos golpistas por concentrar estrangeiros, que dão ofertas em dólar ou euro.
O caso chamou a atenção da segurança do aeroporto em 2022. Desde junho daquele ano, Marcelo já teria sido fotografado com ao menos 10 mulheres e 11 crianças diferentes, todas contratadas para aplicar o golpe.
Marcelo admite o esquema ao Metrópoles em um áudio no qual diz que a prática criminosa lhe rende cerca de R$ 1 mil diariamente.
"Uma [mulher] folga e outra vem. Peço dinheiro com elas, [que] não são nada minhas. Eu peço dinheiro, não roubo. É um dia de cada mulher. Pago a diária. Quem não pode descansar sou eu", detalha o golpista na gravação.
O negócio de família já virou caso de polícia quando, em 2019, uma filha de Marcelo, Thamires Marcela Maris da Silva, foi condenada a 1 ano e 6 meses, em regime aberto, por esfaquear uma mulher no Terminal 2, em uma disputa por território para a mendicância. Ela ainda cumpre pena.
Marcelo também tem passagens pela polícia por roubo, furto e tráfico de drogas. Ele começou a cumprir pena em 2002 e deixou a prisão pela última vez em novembro de 2021.
Não é não: lei é garantia contra assédio sexual no Carnaval
Ao Metrópoles, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo disse que o caso está sendo investigado pela 3º Delegacia de Atendimento ao Turista.
Já o Conselho Tutelar de Guarulhos informou que não recebeu denúncias sobre violações dos direitos das crianças para pedir esmolas no aeroporto, mas destacou que o caso configura crime. Por esse motivo, notificará a Polícia Civil para que abra inquérito.
Marcelo e Débora não quiseram se manifestar.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar