Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada e aplicada em 2022, apontam que de maio a julho do ano passado havia 25,7 milhões de trabalhadores autônomos no Brasil. O levantamento constatou que naquele trimestre houve um aumento de 4,7% no volume de autônomos em comparação com o anterior.
Prestar serviços e empreender por conta própria geram muitos desafios para essa classe de trabalhadores, que precisam se dedicar todos os dias para garantir uma renda mensal satisfatória. Dentre esses desafios está o planejamento financeiro, um ponto crucial para manter a sustentabilidade do negócio e, também, para organizar as finanças domésticas fixas e variáveis.
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Para atingir esse objetivo, a educadora financeira Aline Bastos explica que o primeiro passo é fazer um mapeamento do faturamento passado, mais especificamente dos últimos 12 meses. A medida vale para quem já empreende há mais de um ano. A ideia é que, com esse mapeamento em mãos, o autônomo consiga visualizar a sua média de faturamento, qual o faturamento máximo, o mínimo e quais foram os melhores e os piores meses de faturamento.
“Com base nesse mapeamento, ele fará o seu planejamento financeiro. Poderá determinar o seu pró-labore. É como se ele estivesse pagando um salário para ele mesmo. O que sobrar desse pró-labore, ele irá preencher três ‘potinhos’. O potinho da reserva financeira do trabalho (para comprar equipamentos, capacitações, etc), outro potinho para reserva financeira pessoal (para cobrir momentos de emergência) e o potinho dos sonhos (para realizar uma viagem, comprar um carro ou imóvel)”, orientou.
SINAL
O sinal de que as finanças desse trabalhador autônomo estão equilibradas é quando ele observa que consegue manter o seu padrão de vida sem endividar-se. Ou seja, sem recorrer a empréstimos, cheque especial e outros. E, além disso, ainda sobra uma reserva para investir na realização de sonhos, conforme informou Aline Bastos.
“A reserva financeira pessoal, também conhecida como reserva de emergência, é importantíssima para qualquer pessoa, em especial para o autônomo. Todos nós passamos por momentos inesperados e para que nesse momento o trabalhador não venha a endividar-se, a reserva é fundamental”, disse.
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De acordo com a especialista, o trabalhador autônomo pode determinar um valor do seu faturamento para ir formando uma reserva de emergência, todos os meses. Segundo Aline, o ideal é que essa reserva totalize um montante equivalente entre seis a 12 meses do custo de vida mensal.
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