Enviado dos Estados Unidos por Joe Biden ao Brasil, John Kerry afirmou, em entrevista coletiva nesta terça-feira (28), no Ministério do Meio Ambiente, que tentará viabilizar US$ 9 bilhões (cerca de R$ 47 bilhões) para o Fundo Amazônia. O representante do governo americano reforçou a necessidade de projetos para conter as mudanças climáticas no Brasil.
“Estamos trabalhando com uma legislação que está agora no Congresso, de US$ 4,5 bilhões, mas estamos pensando em US$ 9 bilhões. Sabemos que teremos uma luta para que seja aprovado. Então, também estamos trabalhando com pontos de desenvolvimento multilaterais, e suas reformas, e com o mercado de carbono”, declarou Kerry.
Ao lado da ministra do Meio Ambiente Marina Silva, John reafirmou a necessidade de trabalhar em conjunto com empresas privadas americanas e o congresso do país para repassar a verba à organização. Mesmo com a promessa, os EUA são os principais responsáveis pela emissão de CO₂ na atmosfera, com 577,578 toneladas emitidas entre 1850 e 2016, segundo um estudo do World Resources Institute (WRI).
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“A colaboração não é só de natureza financeira. É o reconhecimento de aporte de recursos de pagamento por emissão de CO2 já realizada, e os Estados Unidos estão sendo colaborativos”, disse Marina Silva.
FUNDO AMAZÔNIA
Criado em 2008, o Fundo Amazônia são recursos financeiros com o objetivo de promover projetos para a prevenção, para o combate ao desmatamento e para a conservação e o uso sustentável das florestas na Amazônia Legal. Apesar disso, o investimento proposto pelos Estados Unidos ainda não tem um destino final, entretanto, a ministra fez questão de mencionar que a maior parte irá para a Floresta Amazônica. “Eu gostaria que fosse a maior possível [fatia dos recursos para a Amazônia]”, completou.
DESTRUIÇÃO DA FLORESTA AMAZÔNICA
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a taxa de desmatamento na Amazônia Legal brasileira, que inclui nove estados, foi de 8.712 km² em 2021. Isso representa um aumento de 6% em relação ao ano anterior.
Os estados com as maiores taxas de desmatamento em 2021 foram Pará (3.047 km²), Mato Grosso (2.188 km²) e Amazonas (1.264 km²). Essas três áreas juntas representam 70% do total do desmatamento.
Os motivos para a destruição da floresta Amazônica incluem a criação de pastagens para gado, a exploração madeireira e a mineração ilegal, além da expansão da agricultura e do agronegócio.
É importante destacar que a preservação da floresta Amazônica é fundamental para a manutenção do equilíbrio climático global, além de ser lar de milhares de espécies animais e vegetais e também para as comunidades que vivem na região.
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