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DENÚNCIA

Thiago Brennand batia e dava choques no próprio filho

Segundo o relato, o garoto, hoje com 17 anos, tinha de 5 a 6 anos na época das agressões com choque.

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Imagem ilustrativa da notícia Thiago Brennand batia e dava choques no próprio filho camera ( Reprodução )

Um homem que trabalhou como motorista de Thiago Brennand, empresário acusado de crimes sexuais, disse ao Fantástico, da TV Globo, que o patrão agredia o próprio filho com uma máquina de choques.

Segundo o relato, o garoto, hoje com 17 anos, tinha de 5 a 6 anos na época das agressões com choque. "Teve uma época que eu tive que esconder uma máquina de choque porque ele batia no menino. Pegava o choque, ficava dando nele", disse o ex-funcionário, não foi identificado na TV.

O adolescente também teria sido agredido com cotoveladas e até com o uso de uma muleta. "Abriu a cabeça do menino".

O menino é o filho único de Brennand. O empresário e a mãe se separaram quando a criança tinha dois anos. A família vivia em Pernambuco e, desde então, o menino morava com o pai. Segundo a reportagem, durante anos a mãe acionou a Justiça pela guarda do filho, mas ela foi concedida a Brennand.

Durante a entrevista, o ex-motorista de Thiago Brennand ainda afirmou que o empresário chegou a ameaçar estuprar a filha do então funcionário. Ela tinha 17 anos na época.

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O ex-motorista prestou depoimento ao Ministério Público de São Paulo como testemunha. As supostas agressões contra o filho já estão sendo investigadas, segundo a reportagem. O Fantástico disse que tentou ouvir a defesa do empresário, mas não houve resposta.

Quarto para armas

Ainda segundo o ex-motorista de Thiago Brennand, o empresário alugou, durante a pandemia de Covid-19, um andar inteiro de um hotel. Ele reservou um dos quartos apenas para guardar suas armas.

De acordo com a reportagem do Fantástico, o empresário possuía 67 armas, entre fuzis e rifles.

A polícia informou à emissora que não há informações sobre onde estão as armas que Brennand possuía. Mas os policiais apreenderam, ainda no ano passado, acessórios para armas, como lunetas de longo alcance, mira a laser e dispositivos de correção de mira.

Neste momento, as armas que o empresário possuía são ilegais, já que o Exército já suspendeu o certificado de registro de CAC (caçadores, atiradores e colecionadores) de Brennand.

Denúncias

O Tribunal de Justiça paulista aceitou, em dezembro do ano passado, uma nova denúncia do Ministério Público Brennand — ele foi acusado de estupro, registro não autorizado da intimidade sexual e constrangimento ilegal.

A nova denúncia, a sexta contra Brennand, refere-se ao caso da estudante de medicina Stefanie Cohen, 30, que afirma ter sido estuprada por ele em outubro de 2021. O relato dela também foi revelado pelo Fantástico. O caso corre em segredo de justiça.

Brennand ficou conhecido após agredir, em agosto do ano passado, a modelo Alliny Helena Gomes, 37, durante uma discussão em uma academia na zona oeste de São Paulo. Após a repercussão, ele viajou para Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, onde foi preso em 13 de outubro e solto após pagar fiança. Ele responde a processo de extradição em liberdade.

Thiago Brennand sempre negou as acusações.

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