A atividade locomotora - andar de bicicleta, brincar de esconde-esconde - estimula a inteligência emocional (competências para aprender a perder, a ganhar e a arriscar) e a brincadeira ao ar livre reforça amizades, desenvolve o conhecimento social e linguístico e ajuda a controlar impulsos individuais.
É através da brincadeira que a criança aprende também a avaliar riscos. Ao subir em uma árvore, por exemplo, ela entende onde coloca o pé, como tem que se equilibrar, avalia até onde pode ir e ganha coragem.
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Muitos acham que a preocupação de médicos e especialistas em relação ao uso de dispositivos eletrônicos por crianças é exagero. Mas a verdade é que um crescente número de evidências aponta para os prejuízos do uso passivo de telas por crianças e adolescentes. “Na tela, a criança não estimula várias áreas do cérebro ao mesmo tempo, como nas brincadeiras, e isso é fundamental para a formação de redes neurais e para o aprendizado”, explica Araújo.
A arquiteta Marina Costa Silva e Cassiano, mãe de Benjamin, de 6 anos, conhece bem os prejuízos que as telas podem causar às crianças. Quando ele tinha apenas 2 anos, teve uma crise de ansiedade quando ela não o deixou ficar vendo vídeos no tablet. “Um dia, tirei a tela da frente dele e ele começou a chorar e tremer. Chegou até a vomitar porque eu não dei o celular para ele. Foi muito óbvio para mim que isso não estava fazendo bem para ele. É claro que ele ainda tem acesso às telas, em especial para assistir desenho, mas com muito menos frequência”, conta Marina.
Desde então, ela mesma tenta se policiar no uso de dispositivos eletrônicos, em especial quando está perto do filho. Além disso, tenta incentivar que Benjamin brinque e aproveite ao máximo sua infância.
“Tento resgatar com ele uma coisa que tive na infância e que eu não vejo mais, que são brincadeiras que não precisam de nada para acontecer. Ele tem uma caixa que chama de “sucaixa”, onde ele guarda latinhas, tampinhas, caixinha e todo tipo de coisa. Ele diz que é a sua própria fábrica de brinquedo”, diz a arquiteta.
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As diretrizes atuais recomendam evitar a exposição de crianças de até 2 anos de idade às telas. Se isso ocorrer, que seja limitado a no máximo 30 minutos e sempre mediante a interação com um adulto. Para crianças de 2 a 5 anos de idade, o tempo máximo é de uma hora por dia; de 5 a 9 anos, até duas horas diárias, e 11 anos em diante, até três horas.
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