Um trem com passageiros descarrilou entre as estações Sagrado Coração e Itapevi da linha 8-diamante, na Grande São Paulo, na manhã deste sábado (18). O trecho é administrado pela concessionária ViaMobilidade, que afirma não ter havido feridos.
O acidente, ocorrido por volta das 10h, causou problemas para os usuários. Segundo relatos, eles ficaram trancados nos vagões sem sistema de refrigeração operante e, ao abrirem as portas por conta própria, andaram sobre os trilhos em direção à plataforma da estação Itapevi.
Em vídeo publicado nas redes sociais, é possível ver os passageiros se esforçando para destravar a porta do trem após o descarrilamento. Na sequência, dezenas de pessoas caminham na via. Em outra parte, uma mulher, aparentemente desmaiada, é socorrida por outros usuários.
A ViaMobilidade diz, em nota, ter sido uma falha em equipamento de via a responsável pelo descarrilamento. "As equipes técnicas e de engenharia da empresa atuam para normalizar a operação o mais rápido possível. A concessionária lamenta e pede desculpas pelos transtornos causados", completa.
Após a intercorrência, a linha 8-diamante opera em via única, entre as estações Sagrado Coração e Itapevi, causando maiores intervalos no trecho entre Barueri e Itapevi.
Esta é a segunda ocorrência de descarrilamento na linha em poucos meses. No último mês de janeiro, um trem descarrilou na região da estação Lapa, zona oeste de São Paulo.
Um mês antes, houve descarrilamento na estação Domingos de Moraes, também no bairro da Lapa.
A linha 8-diamante de trem metropolitano, juntamente à 9-esmeralda, é administrada pela ViaMobilidade desde janeiro de 2022, apresentando longa ficha de falhas técnicas desde então. Em razão disso, o Ministério Público de São Paulo propôs um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) à empresa, que não o aceitou.
Então, foi anunciado pela Promotoria que seria solicitado na Justiça o fim da concessão das linhas 8-diamante e 9-esmeralda, além de indenizações.
"Não há mais acordo", afirmou o promotor Sílvio Antonio Marques, titular da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público, responsável por uma das duas investigações abertas no órgão para apurar a sequência de problemas, quebras e atrasos de trens nas duas linhas --a outra é a de Justiça do Consumidor.
De acordo com Marques, a Promotoria pode pedir até três indenizações, além do rompimento de contrato: por danos morais coletivos; danos materiais, se forem comprovados problemas provocados na linha e nos trens transferidos da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) à ViaMobilidade; e danos ao consumidor.
Pressionado pela situação, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu a concessão e disse que estaria morto se deixasse "o Ministério Público governar".
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