Nesta terça-feira (18), o governo da Ucrânia convidou o presidente Lula (PT) a visitar a capital ucraniana, Kiev, para que ele possa "compreender" a realidade da "agressão russa". O convite ocorreu após Lula afirmar que os dois países, Rússia e Ucrânia, são culpados pelo conflito.
Durante uma coletiva de imprensa em Abu Dhabi, o presidente Lula afirmou: "Eu penso que a construção da guerra foi mais fácil do que será a saída da guerra, porque a decisão da guerra foi tomada por dois países".
O porta-voz da diplomacia ucraniana, Oleg Nikolenko, criticou Lula no Facebook, alegando que o presidente colocou "a vítima e o agressor no mesmo nível" e atacou os aliados da Ucrânia que a ajudam a "proteger-se de uma agressão assassina". Nikolenko pediu a Lula que "compreenda as reais causas e a essência" da guerra na Ucrânia, que foi desencadeada pela invasão russa em fevereiro de 2022.
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No entanto, ontem (17), Lula recebeu o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, para discutir a mediação internacional na guerra da Ucrânia. Durante a reunião, o chanceler entregou um convite de Vladimir Putin, presidente russo, para que Lula visite a Rússia para participar do Fórum Econômico de São Petersburgo.
Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil, afirmou que a visita de Lavrov foi uma "visita de cortesia" e que o convite para Lula visitar a Rússia foi entregue como uma cortesia, mas Lavrov defendeu a posição da Rússia na guerra da Ucrânia, citando a busca por uma "ordem mundial mais justa e correta baseada no direito", e alegando que Brasil e Rússia têm uma visão única em relação aos acontecimentos na região.
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