Em algumas empresas é comum que a aparência física seja cobrada dos funcionários, principalmente aquelas que trabalham com atendimento direto ao público. Muitos empregados entendem as regras como uma violação à sua vida íntima e questionam qual a relação da aparência pessoal com seu desenvolvimento profissional. A lei diz que além de preconceitos de origem, raça, sexo, cor e idade (art. 3º, IV da CF), a Constituição Federal proíbe qualquer discriminação aos direitos ligados a pessoa humana e sua personalidade, tais como a vida, à igualdade, à dignidade, à segurança, à honra, à liberdade e à propriedade.
Um fato chamou atenção de funcionários de um banco após receberem uma carta por e-mail com uma série de exigências que precisam ser seguidas. Uma lista de 14 itens deixou alguns trabalhadores indignados.
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Na lista de proibições constam itens como: “lingerie marcando ou aparecendo”, roupas com bolinhas, “barba mal feita, cabelo sem corte”, e material de trabalho bagunçado.
A lista foi enviada aos funcionários por e-mail, e algumas exigências são bem específicas, o que acabou deixando os trabalhadores desconfortáveis, entre elas estão; películas de celular quebradas, capinhas sujas ou acessórios e bolsas “velhas”.
Algumas exigências de trabalho podem ser configuradas como uma prática abusiva. A advogada Nathália Ohofugi explicou um pouco sobre o caso.
“Cobrar que os funcionários tenham higiene básica e uma boa aparência está dentro do poder diretivo do empregador e se mostra sensato, mas estar sempre com roupas novas e cabelo cortado podem extrapolar esse limite e configurar abuso”. disse ela.
Na lista constam itens como:
- Barba mal feita e cabelo sem corte;
- Maquiagem borrada ou excessiva
- Material de trabalho bagunçado; Caneta com a tampa mastigada
- Cheiros fortes (Excesso de perfume ou mau odor)
- Roupas com pelos de animais de estimação ou outros resíduos como pó ou casca
- Mau hálito chulé, entre outros...
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Após a repercussão do caso nas redes sociais, o banco Inter emitiu uma nota através da assessoria de imprensa sobre o ocorrido.
“O Inter reforça que respeita a individualidade de cada um de seus colaboradores. O material em questão foi revisado e passou por alterações”.
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