O setor automotivo tem apresentado ao governo Lula a possibilidade de retorno da produção de carros populares, também conhecidos como carros de entrada. A ideia é oferecer ao mercado um veículo zero-quilômetro com preços mais acessíveis, modelo que desapareceu no Brasil na última década em razão das evoluções tecnológicas obrigatórias, estratégias de marketing, crises econômicas e empobrecimento da população.
A volta dos carros populares é vista como uma necessidade pelo setor, que precisa de escala para girar e gerar rentabilidade, algo impossível em um mercado dominado por carros caros, segundo Andreta, representante do setor automotivo.
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Apesar de as discussões ainda estarem no início, a cadeia automotiva tem um problema que precisa ser resolvido, mesmo que isso não seja responsabilidade do governo. A falta de demanda tem causado férias coletivas e suspensão da produção em diversas montadoras instaladas no Brasil, como Volkswagen, Hyundai, Mercedes-Benz e General Motors.
Para Thiago Martello, educador financeiro, a taxa de juros de 13,75% é muito alta, o que torna o financiamento de um carro muito caro e distante do sonho do carro zero para a classe média. Nesse sentido, o mercado de seminovos continua sendo a melhor opção para essa faixa da população.
Independentemente do retorno dos carros populares ou não, é necessário uma política industrial consistente que promova a economia verde e o crescimento sustentável no setor automotivo.
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