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CONFERÊNCIA DO CLIMA

Em Madri, Lula defende realização da COP 30 em Belém

O presidente da República discursou em fórum para empresários na capital espanhola.

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Imagem ilustrativa da notícia Em Madri, Lula defende realização da COP 30 em Belém camera Reunião com lideranças sindicais espanholas. | Ricardo Stuckert

Nesta terça-feira (25), durante evento em Madri, na Espanha, com empresários do Brasil e do país europeu, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil e Mercosul estão empenhados no diálogo para concluir as negociações de acordo com a União europeia ainda este ano. Lula também aproveitou o momento para defender Belém como sede da COP 30 na Espanha.

Na ocasião, o petista aproveitou para pedir apoio da Espanha à candidatura de Belém como sede da Conferência do Clima (COP 30) em 2025. E lembrou que, em 2002, quando foi eleito presidente pela primeira vez, recebeu apoio de importantes empresários espanhóis.

Para candidatar o Brasil como sede da COP 30, em 2025, o presidente Lula formalizou, em janeiro deste ano, a escolha por Belém, capital do Pará. A decisão foi anunciada ao governador do estado, Helder Barbalho, que foi recebido pelo presidente no Palácio do Planalto, em Brasília.

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Helder Barbalho destacou que candidatura é importante para a região Amazônica, que vai, segundo ele, protagonizar um momento histórico. A COP, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, é o maior evento sobre o clima no mundo.

Além disso, ainda durante o encontro o petista também pediu empenho dos países para o fim do que chamou de "guerra insana" entre Rússia e Ucrânia. Vale lembrar que essa é a primeira viagem de Lula à Europa desde de foi eleito o como presidente do Brasil.

O presidente declarou que o Brasil e os sócios do Mercosul estão engajados no diálogo para concluir as negociações com a União Europeia e esperam ter boas notícias ainda neste ano. "É um acordo muito importante para todos e queremos que seja equilibrado e que contribua para a reindustrialização do Brasil", afirmou o presidente.

Sobre à invasão da Rússia pela Ucrânia, o petista disse compreender a visão da União Europeia sobre a guerra que "jamais poderia ter acontecido", uma vez que não se pode aceitar que um país invada o outro. Mas acrescentou que não vê "ninguém falando em paz".

"Numa guerra insana que é a guerra da Rússia e da Ucrânia. Uma guerra que eu compreendo perfeitamente bem como é que os meus amigos europeus veem a guerra. Uma guerra que jamais poderia ter acontecido, porque não pode se aceitar que um país invada a integridade terriorial de outro país", afirmou.

Lula ainda acrescentou dizendo: "Mas uma guerra que também não tem ninguém falando em paz. E, às vezes, eu fico me perguntando: até quando essa guerra vai durar? Porque, se ninguém quiser construir a paz, e os dois lados, o que invadiu está reticente e o invadido também tem sua razão de estar reticente, eu fico me perguntando quem é que vai tentar resolver essa situação."

O presidente brasileiro disse ainda que o Brasil está empenhado a tentativa de arrumar parceiros para que a gente possa trazer a paz para o leste europeu. "Para que a Ucrânia possa ficar com o seu território, para que os russos fiquem com a Rússia, mas para que o mundo não sofra a falta de alimento, para que o mundo não sofra a falta de fertilizantes e para que o mundo volte a prosperar para gerar os empregos que a humanidade precisa", declarou Lula.

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