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Desemprego chega a menos de 10%, abaixo da expectativa

Índice de desemprego veio ligeiramente abaixo das projeções do mercado; total de desocupados subiu 10% em relação ao trimestre anterior

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Imagem ilustrativa da notícia Desemprego chega a menos de 10%, abaixo da expectativa camera O desemprego estava em 7,9% no quarto trimestre de 2022 | Reprodução/ Twitter

A taxa de desemprego do Brasil subiu para 8,8% no primeiro trimestre de 2023, informou nesta sexta-feira (28) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com o resultado, o número de desempregados aumentou para 9,4 milhões, indicam os dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).

Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam taxa de desocupação de 8,9% nos três primeiros meses deste ano, que marcaram o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O desemprego estava em 7,9% no quarto trimestre de 2022, o mais recente da série histórica comparável da Pnad Contínua. À época, o número de desocupados era estimado em 8,6 milhões.

No trimestre até fevereiro, que integra outra série da Pnad, a taxa já era de 8,6%. O contingente estava em 9,2 milhões.

Tradicionalmente, o primeiro trimestre registra aumento no desemprego. Uma das explicações é o fim dos contratos temporários de final de ano em setores como o comércio.

Nas estatísticas oficiais, a população desempregada é composta por pessoas de 14 anos ou mais que estão sem trabalho e que seguem à procura de novas vagas. Quem não tem emprego e não está buscando oportunidades não entra nesse número.

A Pnad retrata tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal. Ou seja, abrange desde os empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos.

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Após os estragos causados pelo início da pandemia, em 2020, a geração de vagas foi beneficiada pela vacinação contra a Covid-19 a partir de 2021. A imunização permitiu o retorno da circulação de pessoas e a reabertura dos negócios, intensificada em 2022.

A recuperação do trabalho foi acompanhada em um primeiro momento pela queda da renda média, que desabou com a disparada da inflação. Recentemente, o rendimento deu sinais de melhora com a trégua de parte dos preços e a volta do emprego formal.

A recuperação do mercado de trabalho, contudo, tende a perder velocidade em 2023, segundo economistas. A projeção está associada ao cenário de desaceleração da atividade econômica do país em meio ao contexto de juros elevados.

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