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Pai de Henry exibe último vídeo do filho no Linha Direta

O menino morreu em 2021, aos 4 anos, após sofrer agressões do padastro e omissão da mãe. O caso comoveu o Brasil. Relembre!

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Imagem ilustrativa da notícia Pai de Henry exibe último vídeo do filho no Linha Direta camera O caso foi exibido no episódio do programa Linha Direta (TV Globo), na última quinta-feira (18) | Reprodução/ Globoplay

Na última quinta-feira (18), o programa Linha Direta, da TV Globo, exibiu o caso do menino Henry Borel, morto em 8 de março de 2021, aos quatro anos.

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Na ocasião, a criança estava no apartamento onde morava com a mãe, Monique Medeiros da Costa e Silva, e o padastro, o ex-vereador Jairo Souza dos Santos Jr, conhecido como Dr. Jairinho.

Segundo as investigações, Henry morreu em decorrência de ações violentas do padrasto e da omissão da mãe. O laudo médico aponta que a criança sofreu, ao menos, 23 lesões por agressão no dia da morte.

Henry chegou a ser levado ao hospital, mas chegou morto no local. De acordo com peritos, Monique e Jairinho levaram 39 minutos para socorrer o menino.

Durante a exibição do episódio, que contou com o depoimento do pai de Henry, Leniel Borel de Almeida, uma cena do menino cantando e dançando uma canção que aprendeu na escola emocionou os telespectadores.

Se trata da música "Mãezinha do Céu", que Leniel, comovido, revelou ser o último vídeo que guarda do filho. O pai do menino se emocionou ao lembrar a história por trás do registro. "Bota aquela musiquinha 'Mãezinha do Céu' [Henry pediu]. Eu sempre estudei em escola católica e o Henry também estava estudando. E eu não sabia que ele sabia cantar. Ele coloca a música e eu achei lindo. Aí a reação que eu tenho é gravar. E esse foi o último vídeo que meu filho deixa pra mim", contou Leniel.

Sensibilizado, o engenheiro cantou: "mãezinha do céu, eu não sei rezar. Eu só sei dizer: Eu quero te amar. Eu não sei rezar, eu só sei que quero te amar".

O pai da vítima também relembrou como recebeu a notícia sobre o filho. Monique ligou para Leniel, por orientação de Jairinho, informando que a criança estava no hospital.

"Ficaram mais 50 minutos tentando ressuscitar o Henry. E ali o Jairo muito próximo das médicas, e eu achava que ele como médico estava tentando ajudar com alguma coisa. A médica chega perto de mim e fala que ele já estava com rigidez cadavérica. Eu vi, Bial, a dificuldade que os médicos tinham de entubar o meu filho. O meu filho já com marcas, aquela criança linda que eu entreguei, o Henry já estava com a cabeça aumentada, o estômago dilatado, lesões...", evidenciou Leniel.

O engenheiro também falou sobre Jairinho, acusado por homicídio triplamente qualificado e tortura contra a criança, além de coação de testemunhas. "Um monstro, sem piedade. Um psicopata com prazer em agredir crianças".

A defesa de Jairinho havia solicitado a não exibição do episódio, que chegou a ser censurado. Porém, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, expediu uma decisão favorável à exibição na noite da quarta-feira (17), após a TV Globo recorrer a liminar emitida pela defesa do acusado.

Veja o depoimento de Leniel Borel:

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