A Fiserv e a fintech americana estão desenvolvendo um projeto de digitalização de pagamentos na América Latina para que brasileiros possam usar Pix para fazer compras em alguns comércios da Argentina. A solução começa a funcionar em julho, porém, ainda não tem uma data definida.
A Fiserv já atua no Brasil desde 2020 e tem experiência em viabilizar pagamentos Pix desde quando o sistema foi lançado. Para a fintech, a capacidade de aceitar um meio de pagamento eletrônico adicional pode aumentar a eficiência e reduzir os custos para o comércio. Para o consumidor é uma forma de administrar seu dinheiro durante a viagem sem precisar fazer câmbio.
Como vai funcionar?
Para efetuar pagamento com Pix no estabelecimento argentino será disponibilizado QR Code, nos mesmos moldes que funciona no Brasil atualmente, por meio de uma tecnologia provida pela fintech para os comércios. O cliente escaneia o QR Code com o valor da compra, é direcionado ao aplicativo do banco brasileiro e efetua o pagamento via Pix.
Entenda
O valor que aparecerá para o cliente pagar estará em pesos argentinos, mas o dinheiro que sai da conta do cliente é o equivalente em reais com a conversão cambial no momento da compra e a taxa de IOF aplicada a transações de câmbio já embutidas no valor final.
A solução será oferecida para os clientes da Fiserv na Argentina e potenciais novos estabelecimentos que se interessarem. A empresa tem mais de 400 mil comércios que são seus clientes no país.
Na Argentina só terão acesso ao mecanismo as empresas onde há fluxo de brasileiros. Por isso, foram mapeadas regiões e comércios que têm essa demanda, mas não foram citadas cidades ou regiões em específico.
Pix Internacional
A iniciativa da Fiserv não tem relação com outras ventiladas nos últimos meses. O próprio Banco Central do Brasil afirmou em evento recente em Brasília, chamado Criptorama 2023, que o projeto do Pix Internacional está nos planos e o objetivo é tornar as transferências para outros países mais baratas e eficientes.
A autarquia está estudando formas de viabilizar esse projeto e ainda não há data definida para ele sair do papel.
Outra iniciativa, sem participação do Banco Central, também está sendo analisada: batizada de Nexus, está sob o guarda-chuva do Bank for International Settlements (BIS), instituição conhecida como o “Banco Central dos bancos centrais”. Com sede na Suíça, o BIS lidera o projeto que, se aprovado, pode conectar mais de 60 países que já disponibilizam algum tipo de sistema de pagamento instantâneo.
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