O preço médio da gasolina comum nos postos brasileiros caiu 0,9% nesta semana, para R$ 5,35, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (23) pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
A variação equivale a uma baixa de R$ 0,05 por litro em relação ao levantamento da semana passada. Na ocasião, o preço médio estava em R$ 5,40.
O novo resultado mostra a segunda queda consecutiva nas bombas, após forte alta do combustível sob efeito da mudança no modelo de cobrança do ICMS no início de junho.
A nova redução vem após a Petrobras cortar o preço de venda da gasolina nas refinarias em R$ 0,13 por litro na semana passada. A baixa entrou em vigor no dia 16 de junho para as distribuidoras. Esperava-se o repasse parcial para as bombas.
Além de impactar o bolso do consumidor, o corte nas refinarias também alivia o governo federal, que pretende retomar integralmente a cobrança de impostos federais sobre a gasolina em julho.
Esses impostos haviam sido zerados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) perto das eleições de 2022 e foram parcialmente reintroduzidos pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em março deste ano.
Nesta semana, o maior preço da gasolina encontrado pela pesquisa da ANP foi de R$ 7 por litro. O menor foi de R$ 4,48.
OUTROS COMBUSTÍVEIS
Segundo a ANP, o preço do etanol hidratado, principal concorrente da gasolina, caiu 0,8% (ou R$ 0,03) nos postos nesta semana. O valor médio saiu de R$ 3,77 para R$ 3,74.
Geralmente, o etanol costuma acompanhar a gasolina para manter um nível de competitividade que atraia o consumidor.
O diesel S-10 seguiu em sua trajetória de queda. O preço passou de R$ 5,10 para R$ 5,05 por litro. O recuo foi de 1% (ou R$ 0,05) nesta semana.
Já o preço do GLP (gás liquefeito de petróleo), o gás de cozinha, ficou praticamente estável. O valor do botijão de 13 quilos saiu de R$ 103,55 na semana passada para R$ 103,29 nesta semana. Houve leve variação negativa de 0,3% (ou R$ 0,26).
Após reportagem da Folha mostrar que o preço do combustível vem caindo bem menos do que a gasolina e o diesel, a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) notificou as distribuidoras para que expliquem por que não repassaram a redução para o consumidor.
O custo do produto pode equivaler a mais da metade do orçamento das famílias vulneráveis, enquadradas entre as 10% mais pobres da população brasileira, em estados como Pará, Bahia, Piauí e Maranhão.
Em outros estados, como Ceará, Amazonas e Sergipe, o preço médio do botijão representa mais de 40% da renda dos 10% mais pobres.
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