Recentemente, a expulsão de um padre jesuíta esloveno, sob acusações de abusos sexuais ocorridos na Europa, está causando um impasse na conclusão das obras dos mosaicos de 15 mil metros quadrados, localizados na parte externa da Basílica de Aparecida, em São Paulo.
O Rupnik foi expulso na última segunda-feira (24) em investigação dos jesuítas por denúncias de abusos sexuais entre 1980 e 2018. Há acusações feitas por um homem e ao menos 20 mulheres —entre elas, nove freiras. Os casos teriam ocorrido na Itália e Eslovênia. Não há no Brasil uma investigação policial contra o padre Rupnik.
A decisão foi oficializada pela Companhia Jesuíta do Brasil.“Isso [o processo de expulsão] foi feito de acordo com a lei canônica. Decorrido o prazo da possibilidade de recorrer, afirmamos que Marko Rupnik não é mais um religioso jesuíta.”
Leia mais:
Lula quer união dos países com grandes florestas tropicais
Professora é barrada em parque por usar sensor de glicose
Entenda o caso
Recentemente, o padre Marko Ivan Rupnik, de 68 anos, que estava encarregado das obras de revestimento da maior igreja católica do Brasil, a Basílica de Aparecida, enfrenta uma situação delicada. Em fevereiro deste ano, a Companhia de Jesus o proibiu de realizar obras públicas enquanto está sendo investigado por questões que surgiram durante as investigações.
As obras de revestimento dos quatro mosaicos que retratam uma jornada bíblica na Basílica de Aparecida estavam em andamento desde 2019. Em março de 2022, um dos mosaicos, com 4 mil metros quadrados e aproximadamente 50 metros de altura, foi concluído e revestiu a entrada norte do templo. No entanto, a situação atual gerou uma incerteza sobre a continuidade do trabalho artístico, já que os outros três mosaicos ainda não foram concluídos.
Diante dessa indefinição, as autoridades responsáveis pela basílica estão enfrentando o desafio de decidir como proceder com a conclusão dos mosaicos, considerando a situação do padre Rupnik e o impacto que isso pode ter na obra e na reputação do local sagrado.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar