Saiba como garantir seu imóvel no Minha Casa, Minha Vida

O programa habitacional Minha Casa, Minha Vida passou por significativas mudanças que revitalizaram o setor de habitação e animaram os potenciais compradores. Entre as reformulações implementadas pelo governo, destacam-se o aumento do subsídio para entrada nos imóveis, ajustes nas faixas de renda do programa, taxas de juros mais vantajosas e o aumento do limite máximo de valor para casas e apartamentos.

Especialistas ressaltam que, no caso da faixa 1, o primeiro passo para os interessados é procurar as autoridades locais, como prefeituras, estados ou entidades organizadoras na cidade, para se inscrever no programa habitacional. Manter-se atento aos prazos, datas estipuladas e manter os documentos em dia é outra dica importante.

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Após a implementação das novas regras do programa, a Caixa Econômica Federal (CEF) registrou um aumento significativo nos acessos ao simulador habitacional do site, totalizando 5,2 milhões em duas semanas no mês de julho. Desse total, aproximadamente 3,8 milhões de acessos foram realizados por pessoas interessadas em imóveis que se encaixam no Programa Minha Casa, Minha Vida. Com uma média semanal de 725 mil acessos de pessoas interessadas em propriedades populares, o simulador viu um aumento de 131,6% nas buscas após o lançamento do novo Minha Casa Minha Vida.

Renato Correia, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), afirmou que as novas regras e o estímulo de recursos revitalizaram o mercado e despertaram o interesse do público. Ele destacou também o impacto positivo nas famílias de baixa renda que foram represadas na faixa 1 por seis anos devido à falta de recursos. A reformulação do programa superou as expectativas, conforme destacou Correia.

ACESSIBILIDADE E MAIOR PROCURA

As novas regras do programa trouxeram vantagens significativas, como a inclusão de novas famílias, seja através do aumento do subsídio na entrada ou do aumento do teto de financiamento para imóveis. Além disso, o aumento do limite máximo de valor para imóveis na faixa 3 reacendeu o interesse das construtoras no programa.

A revisão das taxas de juros do programa tem um impacto positivo, reduzindo as parcelas de financiamento e tornando o programa acessível para mais famílias. A taxa de juros a partir de 4% é considerada vantajosa, permitindo que os clientes financiem mais e adquiram imóveis de melhor qualidade.

A Caixa Econômica Federal recebeu um recorde de 2.451 propostas para a construção de 322.284 moradias, as quais estão atualmente em processo de análise pelo banco. O Ministério das Cidades revelou que, devido à demanda intensa para participar do programa, o recebimento de propostas pela Caixa foi temporariamente suspenso, sendo posteriormente reaberto após o avanço das análises e vistorias dos terrenos. Para o futuro, o governo projeta que ocorra um impulsionamento de R$ 20 bilhões para contratações e manutenção da programa até 2024.

CONFIRA O PASSO A PASSO

O Minha Casa, Minha Vida possui três faixas de enquadramento:

- Faixa 1: Destinada a famílias com renda bruta mensal de até R$ 2.640,00. Os interessados podem se inscrever procurando as autoridades locais, como prefeituras, estados ou entidades organizadoras da cidade, e solicitando a inscrição no Cadastro Habitacional. A aquisição do imóvel ocorre por meio de parcelamento em 60 meses, sem juros, com parcelas variando de R$ 80 a R$ 330. Beneficiários do Bolsa Família ou Benefício de Prestação Continuada (BPC) podem receber o imóvel quitado e ficam isentos das prestações durante 60 meses.

- Faixas 2 e 3: Interessados podem simular suas condições no site da Caixa ou no Aplicativo Habitação e procurar uma agência, correspondente bancário, imobiliária, corretor ou construtora. O aplicativo também permite realizar etapas como simulação, envio de documentação e avaliação de crédito, necessitando apenas da assinatura do contrato na agência bancária.

As condições para participação incluem não ter renda superior ao limite do programa, não ser titular de contrato de financiamento imobiliário vigente e não possuir propriedade residencial regular em qualquer lugar do país.