O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, desembarcou na tarde desta segunda-feira (7/8) em Belém, no Pará, para participar de agendas da Cúpula da Amazônia. O evento reunirá líderes dos países amazônicos para discutir questões e políticas públicas relacionadas ao desenvolvimento sustentável da região, assim como a geração de energia limpa e renovável. O ministro também irá participar de agendas bilaterais com os países participantes da cúpula.
Segundo o ministro, a presença do MME na reunião tem como objetivo fortalecer o papel do Brasil na transição energética mundial e continuar sendo o protagonista na geração de energia limpa e renovável. Silveira afirmou que o grande desafio é equilibrar o desenvolvimento econômico com frutos sociais e a sustentabilidade.
“O governo do presidente Lula preza pela legalidade, preza em contribuir com o mundo na questão da salvaguarda do planeta, e o grande desafio nosso é equilibrar desenvolvimento econômico com frutos sociais. A palavra transição requer de nós todos um critério, um cuidado, uma parcimônia, um equilíbrio, requer exercitarmos o diálogo no limite para que a gente possa contribuir com a humanidade, com o planeta. Eu acredito que a figura do presidente Lula é a figura certa, no lugar certo, para liderar o Sul Global na relação com os países industrializados, para que haja uma forma de monetização da matriz energética e, consequentemente, a gente poder avançar no combate às desigualdades no Brasil”, afirmou o ministro em entrevista à imprensa na chegada em Belém.
Na semana passada, o Governo Federal e o Ministério de Minas e Energia anunciaram a retomada do programa Luz para Todos que, nesta nova fase, irá beneficiar até 500 mil famílias brasileiras, levando energia elétrica à população rural em especial no Norte do país e em regiões remotas da Amazônia Legal.
Durante o relançamento do programa, Alexandre Silveira também anunciou o programa Energias da Amazônia, maior programa de descarbonização do mundo. A primeira ação do projeto foi a conexão das cidades de Parintins, Itacoatiara e Juriti ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O programa prevê cerca de R$ 5 bilhões para a transição dos 211 sistemas isolados que utilizam combustível fóssil na geração de energia elétrica por fontes limpas e renováveis.
Silveira ainda assinou decreto que amplia as possibilidades de intercâmbio de energia elétrica com países que fazem fronteira com o Brasil. Atualmente, o Brasil realiza intercâmbios internacionais de energia elétrica com a Argentina e com o Uruguai, além do Paraguai, por meio da Usina Hidrelétrica Binacional Itaipu.
O evento
A Cúpula da Amazônia, que acontece nos próximos dias 8 e 9 de agosto em Belém (PA), faz parte da retomada das políticas públicas para a região amazônica que vêm sendo implementadas desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas tem também objetivos mais amplos. Entre eles, o fortalecimento da Organização do Tratado de Cooperação da Amazônia (OTCA) e a definição de uma posição em comum pelos países em desenvolvimento que detêm reservas florestais.
Além dos oito países que compõem a Organização do Tratado de Cooperação da Amazônia (OTCA) – Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela – foram convidados o Congo, a República Democrática do Congo e a Indonésia (países com florestas tropicais), São Vicente e Granadinas (país que ocupa a presidência da CELAC), a Guiana Francesa (representada pela França), a Alemanha e a Noruega (principais doadores do Fundo Amazônia), além do presidente da COP28 e de representantes de bancos de fomento, como BID, NBD (Banco dos Brics), entre outros.
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