A urgência das mudanças climáticas mundiais segue em pauta em Belém nesta semana. Nos dias 8 e 9, a Cúpula da Amazônia reúne, pela primeira vez, oito chefes de Estado dos chamados Países Amazônicos, que discutem a preservação da floresta popularmente conhecida como “pulmão do mundo”.
Neste ano, a Amazônia, além de ser tema incontornável, também será palco das discussões, como já sediou os Diálogos Amazônicos, evento que preparou os debates para serem apresentados na reunião da Cúpula na capital.
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A programação compõe os grandes eventos que antecedem a COP 30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), também a ser realizada em Belém em 2025.
Nela, líderes da Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname, Venezuela e Brasil, os oito países
que compõem a Organização do Tratado de Cooperação da Amazônia (OTCA), têm o desafio de traçar planos e metas conjuntas para a redução do desmatamento, além de, em conjunto com lideranças mundiais, tratar questões como preservação dos povos originários, desenvolvimento sustentável e políticas públicas voltadas à Amazônia.
A última reunião da organização intergovernamental ocorreu em 2009, onde o presidente Lula, em seu segundo mandato na época, abriu o evento.
Em 2023, após 14 anos, o presidente Lula, em seu terceiro governo, abre novamente a reunião da OTCA, firmando o compromisso de retomar as ações do grupo e reintegrar o Brasil ativamente.
Segundo o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em conversa à imprensa, o presidente pretende “coordenar com os outros sócios da OTCA uma visão dos países amazônicos sobre a Amazônia”, com a intenção de levar o acordo ao seu discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas, em setembro, onde ele deverá abordar o tema climático como prioridade.
A OTCA nasceu com a assinatura do Tratado de Cooperação Amazônica em 1978, tornando-se organização em 1995, quando os oito países formaram o único bloco socioambiental da América Latina.
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