Ao menos sete migrantes morreram e mais de 60 estão desaparecidos após o naufrágio de uma embarcação que partiu do Senegal em direção às Ilhas Canárias, na Espanha, informou nesta quarta-feira (16) a Organização Internacional para Migração (OIM). Segundo autoridades, as chances de encontrar sobreviventes são baixas.
A embarcação partiu há um mês com cerca de cem passageiros e foi encontrada por pescadores espanhóis na última terça (15), a 270 quilômetros da costa de Cabo Verde. Socorristas do país africano resgataram cerca de 40 pessoas. Os migrantes estavam numa espécie de canoa, que virou.
As autoridades não divulgaram a identidade das vítimas, mas disseram que crianças e adolescentes estavam na embarcação. As causas do naufrágio estão sendo investigadas, e as equipes de resgate continuam as buscas por sobreviventes. Sada Msehli, porta-voz da OIM, porém, disse ser provável que as 63 pessoas desaparecidas estejam mortas.
Testemunhas dizem que a embarcação partiu no dia 10 de julho da cidade de Fass Boye, no oeste do Senegal. Eles utilizavam uma embarcação de tipo "piroga", comum na região, construída com um tronco de árvore cavado, comprido e estreito.
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A rota de migração da costa da África Ocidental para as Ilhas Canárias, normalmente usada por migrantes africanos que tentam chegar à Espanha, é uma das mais mortais do mundo. "Faltam caminhos seguros e regulares para a migração, que é o que dá espaço aos contrabandistas e traficantes para colocar as pessoas nessas jornadas mortais", disse Msehli, da OIM.
Pelo menos 559 pessoas morreram tentando chegar às Ilhas Canárias em 2022. Outras 126 pessoas morreram ou desapareceram na mesma rota nos primeiros seis meses deste ano, com 15 naufrágios registrados, segundo a OIM.
Pelo menos 15 pessoas morreram afogadas quando um barco que transportava migrantes virou na costa da capital do Senegal, Dakar, no final de julho.
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