Os acordos de delação premiada ficaram bem conhecidos no Brasil sobretudo após a Operação Lava Jato, que contou com vários dessas colaborações de acusados. Recentemente, com as acusações nos quatro anos de governo Bolsonaro, os "tratos" estão voltando a ser "moda".
O Centro de Comunicação Social do Exército informou neste domingo (10), que afastará o Tenente Coronel Mauro Cid das suas funções, de acordo com decisão judicial expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O militar ficará no Departamento Geral de Pessoal (DGP) sem ocupar nenhuma função.
O Exército cumpriu a decisão de Moraes, que inclusive é a mesma que homologou a delação premiada de Mauro Cid proposta pelo próprio ex-ajudante de ordens de Bolsonaro à Polícia Federal (PF).
Medidas cautelares
O documento tem algumas medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de sair de casa em certos horários e o afastamento do Exército.
Outra decisão de Moraes, foi proibir Cid de deixar o país. O militar será obrigado a entregar o passaporte dentro de cinco dias. Os mesmos ficaram sem efeito.
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Delação
Na delação premiada, o ex-ajudante de ordens terá que apresentar fatos inéditos às autoridades. Após a apresentação das novas informações, a PF fará diligências para conferir se Cid cumpriu com a verdade nos depoimentos.
Acusações
Cid foi preso em uma operação da Polícia Federal sob suspeita de ter falsificado cartões de vacinação de Bolsonaro e familiares. O tema é um dos focos sobre os quais a PF demanda mais detalhes principalmente aqueles relacionados ao envolvimento do ex-presidente.
O militar também é investigado em outros casos, como o do vazamento de dados sigilosos sobre a urna eletrônica e os ataques golpistas do 8 de janeiro. De acordo com relatos feitos por aliados de Bolsonaro nas últimas semanas, o ex-assessor está preocupado com a família e poderia falar o possível para sair da prisão.
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