No último domingo (1), foram comemorados o Dia Nacional do Idoso e o Dia Internacional da Terceira Idade, uma data que traz à tona a saúde dessas pessoas, que representam 10,5% da população do Brasil, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
Dentro desse contexto, é inevitável não pensar em demência, que afeta mais de 55 milhões de idosos em todo o mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima.
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De acordo com o Dr. Ariel Lipman, médico psiquiatra, as pessoas com demência têm dificuldade para se lembrar de informações, nomes, eventos e, ao longo do tempo, passam a ter sintomas mais intensos. "Estamos falando de uma condição neurológica, mas que necessita de tratamento multidisciplinar, incluindo o acompanhamento de um psiquiatra. Isso porque esses pacientes têm grandes chances de desenvolverem depressão, alteração do sono, ansiedade, apatia e até mesmo agressividade", comenta ele.
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A terapeuta Solange Tedesco explica que o termo “demência” é bastante genérico e não se refere a um único transtorno, mas engloba várias condições crônicas com múltiplos déficits cognitivos. "No caso do Alzheimer, por exemplo, a demência tem um início gradual, de progressão lenta e constante que além da deterioração da memória apresenta também, pelo menos, a alteração de uma das funções cognitivas, como na linguagem, praxia, gnosia e funções executivas", explica.
A residência terapêutica, especializada em transtornos mentais, tem tanto a importância no diagnóstico e acompanhamento precoce, no diagnóstico diferencial e comorbidades associadas, como na gestão do cuidado ao longo do tempo.
"Como os sintomas variam entre as fases do quadro demencial, a necessidade de adaptação ativa do cuidado em todas as esferas é fundamental para um melhor prognóstico ou minimização dos prejuízos esperados. É função de uma boa residência terapêutica a gestão de cada caso, chamamos de manejo de caso, onde se ajuda a encontrar as soluções necessárias para cada necessidade de cuidado”, opina.
Residência terapêutica x Casa de Repouso?
O destino de um paciente com demência em um estágio muito avançado, pode ser uma casa de repouso. No entanto, na opinião de Solange Tedesco, a abordagem de uma residência terapêutica pode ser mais interessante para esse público.
“Existem diferenças nos projetos e propostas entre residências terapêuticas, residenciais de idosos ou ILPis (instituições de longa permanência). Essas diferenças não são necessariamente claras na apresentação desses dispositivos. Entendemos a SIG-RT como um sistema de gestão do cuidado integrado que utiliza a cidade, a vida comunitária, a família/ rede social mínima tanto para a coparticipação como para utilizar ou criar recursos para promover a saúde mental em todas as suas esferas: psicológica, social, física, espiritual, ambiental e existencial, considerando as dimensões da capacidade particular de cada morador”, comenta ela.
"Não é um lugar de chegada e espera. É um lugar de gestão do cuidado e da própria vida, com recursos compartilhados entre cada morador com uma equipe especializada, gerando habilidades remanescentes, criando inéditas, em qualquer etapa da vida ou do adoecimento. Isso nos exige um olhar e atos individualizados para que todas as necessidades sejam atendidas com acolhimento”, completa.
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