Para celebrar as cinco décadas de carreira do renomado fotógrafo Araquém Alcântara, começou no último dia 7 de outubro a Expedição AA 50 anos de fotografia. A exposição percorrerá mais de 2 mil quilômetros por terra e pelos rios da Amazônia, partindo de Belém, em outubro. A expedição segue para Juruti (PA), navega até Santarém, Alter do Chão, e se encerrara em São Luís do Maranhão, em novembro.
“O projeto é de proporções épicas e tem como objetivo levar a Amazônia para o mundo”, explica Monica Schalka, diretora da Vento Leste. Segundo ela, as imagens do fotógrafo Araquém Alcântara, premiado e reverenciado por sua habilidade excepcional de capturar a essência de nossa terra e de nossa gente, ganham uma nova vida ao serem exibidas em formato inédito: em um Flote – plataforma flutuante de alta tecnologia –, proporcionando uma experiência singular.
Expedição AA 50 anos de fotografia
É uma celebração da brasilidade, do pertencimento, da união, do respeito, do diálogo, da sustentabilidade, da integração, da acessibilidade, da conectividade e da reverência à natureza. É uma homenagem a um país vasto e diversificado, com cerca de 200 imagens capturadas por meio das lentes de um artista apaixonado por sua terra e por sua gente.
“Sou fotógrafo viajante, jornalista, poeta, professor e intérprete do Brasil. Lutar com fotografias e palavras por uma nova ética, uma nova consciência planetária. A foto como síntese do dizer”, diz Araquém Alcântara.
A movimentação da exposição pelos rios só é possível graças a um FLOTE idealizado pelo Atelier Marko Brajovic. Essa embarcação, desenvolvida exclusivamente para o projeto, reúne tecnologia de ponta, painéis de LED e uma estrutura especial para levar aos visitantes uma instigante experiência expositiva.
A composição do Flote é uma atração por si só. Uma embarcação anfíbia altamente sofisticada, produzida em polietileno de alta densidade, material resistente e reciclável, que suporta uma estrutura de metalon e 12 m2 de tela LED. Além da exibição das fotografias, cuidadosamente selecionadas ao longo de dois anos em conjunto com
Araquém Alcântara, a Vento Leste promoverá ações educativas, reforçando o caráter educacional que sempre permeou a carreira desse grande fotógrafo andarilho.
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A expedição destaca-se por ser abrangente, democrática e sustentável, permitindo que milhares de pessoas acompanhem, em tempo real, as fotos de Araquém Alcântara e as transmissões diárias que estarão disponíveis no site do projeto [www.araquem50expo.com]. Câmeras e sistemas de localização tipo GPS levarão a Amazônia para todos os cantos do planeta, inclusive com um mapa dinâmico e recursos que possibilitam a interação do público por meio das redes sociais. Ao longo do percurso, mensagens de apoio para a natureza e para a floresta Amazônica poderão ser compartilhadas a partir de diferentes partes do mundo, assim como serem exibidas no painel instalado na balsa para criar uma conexão internacional e uma experiência única.
O projeto recebe o patrocínio exclusivo da Alcoa, uma das maiores empresas de produção de alumina e alumínio do mundo. Além disso, conta com o apoio institucional do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds) e apoio cultural da Estação das Docas, do Pará; foi produzido pela Hybrida.
Expedição
- Início: Belém – Exposição entre os dias 07 e 09/10
- (Estação das Docas, em frente ao anfiteatro São Pedro Nolasco)
- Abertura oficial: Juriti (PA) – 16 a 19/10 (Pier da cidade e comunidades vizinhas)
- Parada: Alter do Chão (PA) – 22 a 25/10 (CAT e Praia do Amor)
- Encerramento: São Luiz do Maranhão (MA) – 01 a 10/11 (Praça Mauro Machado, Praça Litorânea e comunidades locais)
Sobre Araquém Alcântara
Araquém Alcântara fotografa o Brasil há 50 anos e é um dos precursores da fotografia de natureza no País. Priorizando a fotografia como expressão plástica e instrumento de transformação social, é reconhecido como um dos mais combativos artistas em defesa do patrimônio natural do país. Araquém Alcântara é,por definição e vivência, um brasileiro por natureza.
Por amor à sua terra, sua gente, e principalmente ao seu ofício, as imagens não apenas documentam, mas são ferramentas a serviço da conservação, pois emocionam pela força e beleza, conclamando para a ação. Só a emoção, positiva ou negativa, produz engajamento efetivo – que traz a possibilidade de um futuro mais sustentável.
Araquém Alcântara descreve seu trabalho como um esforço para "lutar com fotografias e palavras por uma nova ética, uma nova consciência planetária". Sem dúvida, seus 50 anos de retratos do Brasil o tornam um dos pioneiros da fotografia de natureza no País e um dos maiores especialistas mundiais no tema.
Patrimônio ambiental brasileiro
Com grande alcance de público, seus mais de 60 livros formam um conjunto inestimável do registro do patrimônio ambiental brasileiro, sendo que um único título, TerraBrasil, com mais de 100 mil exemplares vendidos, tornou-se o livro de Fotografia mais comercializado no Brasil. Único fotógrafo que já registrou todos os parques nacionais, um legado de importância ímpar. Araquém é um eterno viajante pelas lentes. Suas imagens buscam eternizar a exuberância de um Brasil único, de um povo moldado por semelhanças e construído com respeito pelas suas diferenças.
Currículo recheado
Araquém Alcântara possui fotografias em acervos de vários museus e galerias, entre eles o Museu Internacional do Café (Kobe, Japão), Centro Cultural Georges Pompidou [Paris, França], Museu Britânico (Londres, Inglaterra), Museu de Arte de São Paulo (Masp) e Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM).
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