
O caso Joaquim repercutiu 10 anos atrás na cidade de Ribeirão Preto (SP) e chocou a sociedade dado os requintes de crueldade que permearam a morte de Joaquim Ponte Marques, que tinha apenas 3 anos de idade. Natália Ponte e Guilherme Longo, respectivamente mãe e padrasto da criança, foram acusados do assassinato em novembro de 2013.
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Dez anos se passaram e o caso Joaquim começa a ser definido nesta segunda-feira (16), com o julgamento da mãe e do padrasto. Quem preside o julgamento é o juiz José Roberto Bernardi Liberal, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Apenas testemunhas e parte dos familiares das vítimas e dos réus podem acompanhar as sessões.
Morte de Joaquim
A Polícia Civil concluiu na investigação que, na noite de 4 de novembro de 2013, o padrasto de Joaquim o levou o para o quarto da criança, deu uma mamadeira, fez o garoto adormecer e injetou 166 doses de insulina no menino, que tinha diabetes e precisava do medicamento para o tratamento. Guilherme levou o corpo de Joaquim até um córrego, próximo à casa da família. No dia seguinte, ele chamou a polícia e alegou que a criança havia desaparecido. O corpo de Joaquim foi encontrado cinco dias depois.
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O crime, segundo a polícia, teria sido motivado por ciúmes de Guilherme Longo, uma vez que Joaquim era filho de Natália com o ex-marido dela, Artur Paes Marques, e os dois estavam tendo mais contato por conta da doença da criança.
O relatório também cita o início do relacionamento de Natália e Longo, que começou em 2012 depois de terem se conhecido em uma clínica para dependentes químicos em Ipuã (SP). Natália era psicóloga e Guilherme chegou a ser internado como paciente.

Acusações
Guilherme Longo, de 38 anos, é acusado de homicídio triplamente qualificado, motivo fútil e meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Ele está preso na Penitenciária II, em Tremembé (SP) desde 2018, quando retornou ao Brasil depois de ter sido extraditado pela Espanha. Em 2016, ele estava em liberdade provisória depois de ter ficado preso preventivamente, mas fugiu para a Europa. Foi capturado no ano seguinte pela Interpol. Por causa da extradição, ele deixou de responder por ocultação de cadáver.
Natália Ponte, de 38 anos, responde também por homicídio triplamente qualificado, mas por omissão. Segundo a acusação, ela tinha capacidade de afastar o filho do convívio com o companheiro, que passou a apresentar comportamento agressivo. Durante a investigação, foi presa em dois momentos, mas conseguiu habeas corpus e respondeu o processo em liberdade. Hoje, ela vive em São Joaquim da Barra (SP) com o filho de 10 anos, fruto do relacionamento com Guilherme Longo, e um casal de gêmeos da união com o atual marido.
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