A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) conduziram um estudo que indica que, em média, 43% dos trabalhadores usam o décimo terceiro salário para realizar compras pessoais. Outros 36% investem em presentes de Natal para familiares e amigos, enquanto 29% optam por economizar ou investir.
Também conhecida como gratificação natalina, essa quantia traz reflexões sobre sua utilização, especialmente considerando o panorama econômico, onde a alta taxa de inadimplência e os custos elevados representam desafios. Diante desse cenário, especialistas financeiros enfatizam a importância da prudência e do planejamento ao empregar esse dinheiro.
De acordo com o educador financeiro Haelton Costa, o primeiro passo é o planejamento cuidadoso. “Essa etapa é fundamental já que, apesar de estarmos vivenciando um período otimista de recuperação econômica desde a pandemia, ainda enfrentamos incertezas no cenário brasileiro. Avaliar a situação financeira atual e considerar como esse recurso pode melhorá-la é crucial”.
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Para Haelton, é ideal que o décimo terceiro seja integrado às receitas anuais, assim como as despesas. “Enfatizo a necessidade de priorizar o pagamento das dívidas pendentes, aquelas que o trabalhador não consegue quitar de forma alguma. O Brasil atualmente tem um número considerável de inadimplentes, tornando este o momento ideal para regularizar a situação financeira”, aconselha.
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Apesar da redução no número de inadimplentes no país registrado esse ano, o Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian revela que mais de 66 milhões de brasileiros ainda têm restrições de crédito na praça. Além disso, cada trabalhador deve, em média, R$ 4.108,89 em dívidas.
Dessa forma, com a análise das dívidas, o momento é de criar a possibilidade de abrir um canal de negociação para voltar a ter crédito no mercado. “É preciso analisar a proposta de cada credor. Proponha acordos para reduzir os juros e liquidar a dívida. Se possível, antecipe o pagamento de contratos. Caso as dívidas sejam maiores que o décimo terceiro, opte em pagar as que geram maiores juros”, orienta Haelton.
Agora, se o trabalhador não possui dívidas, é aconselhável antecipar despesas para garantir descontos, o que resultará na redução das contas que poderiam surgir com parcelas de cartão de crédito. Nesse contexto, incluem-se presentes de Natal, matrículas escolares, uniformes e a lista de materiais escolares, despesas comuns para quem tem crianças em idade escolar.
“Entretanto, se a pessoa não tem obrigações financeiras, não possui dívidas nem despesas relacionadas à educação dos filhos e mantém um estilo de vida econômico tranquilo, a melhor opção é investir em opções financeiras com baixo risco e alta liquidez, permitindo o resgate imediato do dinheiro em caso de imprevistos, além de oferecer um rendimento
atraente”, destaca.
Para o educador financeiro, usar o décimo terceiro de forma inteligente significa entender que esse dinheiro pode ser uma ferramenta para manter a saúde financeira, concentrando-se em quitar dívidas atrasadas que acumulam juros, economizando ou investindo esse montante para obter lucros e construir ou manter sua reserva de emergência.
DIREITO
Para os empregados com carteira assinada, aposentados, pensionistas e servidores, o benefício deve ser pago pelo empregador em duas parcelas: a primeira entre 1º de fevereiro e 30 de novembro; e a segunda até 20 de dezembro.
O cálculo do décimo terceiro salário é feito pela divisão da remuneração integral por 12 e a multiplicação do resultado pelo número de meses trabalhados. Outras parcelas de natureza salarial, como horas extras, adicionais (noturno, de insalubridade e de periculosidade) e comissões também são incluídas nesse cálculo.
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