Se você é morador de Belém, com certeza já ouviu falar sobre algumas previsões nada otimistas sobre a maneira como as mudanças climáticas podem afetar a cidade. Por estar localizada em uma área costeira, desde a submersão do complexo Ver-o-Peso, ou mais recentemente a de que seremos o segundo município mais quente do mundo em 2050. Projeções desanimadoras e que exemplificam bem os impactos da alteração no clima do planeta Terra de forma prática.
A COP 30, ao destacar a sustentabilidade como uma de suas bandeiras, também busca discutir a adaptação da humanidade às mudanças climáticas, ao abordar medidas para proteger comunidades e ecossistemas vulneráveis a esses impactos. Para ser mais claro, na busca por soluções para evitar que previsões desse tipo se concretizem. A professora Elaine Freitas Fernandes, doutoranda em Direito Público e evolução social/Direitos Fundamentais e Novos Direitos, destaca que a sustentabilidade é fundamental para garantir que nossas ações não prejudiquem a vida no planeta.
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“Também devemos nos adaptar às mudanças climáticas para proteger as pessoas e o meio ambiente. Diante disso, a sustentabilidade é um equilíbrio satisfatório entre o bem-estar humano e o da Terra”, justifica. Mas por que a sustentabilidade é tão importante? “É importante porque através de práticas sustentáveis pode-se proteger o meio ambiente evitando a degradação e protegendo a biodiversidade. É através da sustentabilidade que se pode ajudar a reduzir desperdícios de recursos e economizar dinheiro para as empresas e indivíduos e promover a melhoria na qualidade de vida. As práticas sustentáveis podem criar ambientes mais saudáveis e seguros para as pessoas viverem”, frisa.
Elaine, que também coordena o curso de Direito da Faculdade Estácio em Castanhal, pontua que as mudanças climáticas se referem às variações no clima da Terra, “incluindo mudanças na temperatura, precipitação, ventos e outros fatores.
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As causas das mudanças climáticas são principalmente as atividades humanas. Como a queima de combustível fóssil e desmatamento, que liberam gases de efeito estufa na atmosfera. E essa liberação de gases de efeito estufa tem como consequência eventos climáticos extremos como ondas de calor, enchentes, secas, bem como impactos na saúde, na economia e segurança alimentar”.
E mais...
- SAÚDE
A pesquisadora destaca que para a saúde humana, as mudanças climáticas podem levar a um aumento de doenças infecciosas. “A poluição do ar e as condições meteorológicas extremas incluem ondas de calor que podem ser fatais”.
- ECONOMIA
Na economia, a mudança climática pode afetar negativamente a agricultura, a pesca e a indústria. “Também pode causar danos às propriedades levando a custos elevados para a empresa e para a economia global. A biodiversidade e o ecossistema podem ser altamente afetados por essas mudanças, levando ao desaparecimento de muitas espécies de animais e vegetais”, considera. “Então é necessário que haja uma adaptação a essas mudanças climáticas. Porque nós temos aí os os riscos decorrentes dela, que são ameaças globais cuja solução é necessária para sobrevivência da própria humanidade”.
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