Enquanto o país enfrenta mais uma onda de calor, a Prefeitura do Rio de Janeiro decidiu antecipar a liberação do uso de bermudas para servidores municipais e outras categorias, como motoristas de ônibus e táxi.
Em decreto publicado na edição de quinta-feira (16) do Diário Oficial do município, o prefeito Eduardo Paes (PSD) autorizou "o uso de bermudões, calças e bermudas na altura do joelho" para os servidores municipais.
A decisão também inclui motoristas de táxis, de ônibus, de vans e kombis credenciados e cobradores de ônibus, a partir desta quinta até o dia 31 de março de 2024.
Pela publicação, em função de situações específicas de cada órgão, os titulares das secretarias vão definir regras específicas.
Segundo o Executivo municipal, a prefeitura permite o uso de bermudas pelos servidores anualmente, geralmente no fim de dezembro. Neste ano, a liberação foi antecipada em função do forte calor.
Ao lado de Cuiabá, o Rio de Janeiro deve ser a capital mais quente nesta quinta-feira. O Inmet prevê que a temperatura deva chegar aos 40°C nas duas localidades. Em São Paulo, pode ser o dia mais quente da história.
Os institutos meteorológicos preveem que a atual onda de calor, que castiga a maior parte do país desde a semana passada, comece a acabar nesta sexta-feira (17).
Embora especialistas não prevejam ondas de calor como esta no próximo mês, a expectativa é de mais calor até o fim do ano. O aumento das temperaturas, em meio ao verão, acontece também em função do El Niño.
Para quem não pode trabalhar de bermuda, uma saída é optar por fibras naturais, como algodão, linho e seda, evitam a sensação de abafamento e o acúmulo de suor. Por outro lado, tecidos sintéticos, como poliéster e nylon, retêm a transpiração e aumentam a sensação de desconforto.
Além de causar desconforto, a alta temperatura já causa outros reflexos econômicos.
De acordo com analistas ouvidos pela reportagem, já é possível observar impactos pontuais do calorão na inflação. Em outubro, o preço do ar-condicionado subiu 6,09%, de acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Ao longo da semana, o país também registrou recordes seguidos de demanda de energia.
Segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a demanda bateu 101.437 MW (megawatts) às 14h24 na terça-feira (14), pouco acima dos 100.955 MW atingidos na segunda (13), que havia superado marca anterior, de 97.659 MW, medida em 26 de setembro deste ano.
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