Só duas de cada dez vacinas da dengue foram aplicadas

A dengue tem tomado conta dos noticiários em todo o país. O aumento dos casos são preocupantes, já que 343 pessoas morreram em decorrência da doença, segundo dados do Ministério da Saúde.

De acordo com o Diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Eder Gatti, das mais 1,2 milhão de doses distribuídas pelo governo federal para 521 municípios, apenas 250 mil vacinas contra a dengue foram aplicadas até o momento. Os dados foram apresentados nesta sexta-feira (08).

Em entrevista coletiva, Gatti afirma que a pasta contabiliza ao todo, 365 mil doses aplicadas e que além das estratégias elaboradas pelo SUS, há também a colaboração das Secretarias Municipais de Saúde, como a do município de Dourados (MS), que está imunizando toda a população local com idade entre 4 e 59 anos, graças à parceria que existe entre a Secretaria e o fabricante da Qdenga.

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O diretor destacou ainda que a pasta distribuiu um quantitativo de doses para crianças de 10 e 11 anos, mas que diante da baixa procura pela imunização, optou por ampliar a faixa etária também para adolescentes de 12 a 14 anos.

Força-tarefa

Segundo a pasta, crianças e adolescentes na faixa etária de 10 a 14 anos têm sido os mais afetados, com o maior número de hospitalizações da doença.

O Ministério da Saúde montou uma estratégia de combate à dengue e selecionou 521 municípios de 16 estados para iniciar a vacinação contra a doença por meio do Sistema Único de saúde (SUS) a partir de fevereiro. O objetivo é priorizar um total de 37 regiões de saúde que são consideradas endêmicas para a dengue.

Alerta

Segundo a pediatra, o esquema vacinal completo com as duas doses, garante cerca de 80% de eficiência e que os efeitos colaterais, inclusive em crianças, são pequenos – sobretudo quando comparados aos que uma infecção por dengue pode causar.

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“Gostaria de emitir esse alerta pedindo aos pais que não vacinaram as crianças, que procurem a sala de vacina para que seja aplicada a Qdenga. É uma vacina contra a dengue feita com o vírus atenuado, uma vacina muito segura. Está sendo desenvolvida pelo laboratório Takeda desde antes da Covid-19, antes da pandemia. Então, não é uma vacina nova, não é uma vacina que foi desenvolvida às pressas. Já existem vários estudos e ela passou por todas as etapas”.

Em entrevista à Agência Brasil, a pediatra Natália Bastos destaca a importância de os pais levarem as crianças para serem imunizadas com a vacina da dengue, já que a faixa etária está entre o grupo mais afetado pela doença.

“Com uma dose, você tem, geralmente efeitos colaterais imediatos muito leves e com 10 dias, algumas manchas no corpo ou alguma dor no corpo. Mesmo assim, são poucos sintomas tendo em vista o que um quadro de dengue pode causar na criança ou no adulto”.

“Enquanto estava na sala da rede privada, era uma vacina que estava custando, em média de R$ 400 a R$ 500. Hoje, a vacina está disponível na sala do centro de saúde, gratuitamente. Então, convido a todos os pais a procurarem a vacina com os filhos de 10 a 11 anos com urgência.”