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FORÇAS ARMADAS

Exército decide vetar promoção de Mauro Cid após fraude

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro é investigado por tentar vender joias do ex-presidente no exterior e por envolvimento em tentativa de golpe de Estado, e indiciado por fraude em cartões de vacina

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Imagem ilustrativa da notícia Exército decide vetar promoção de Mauro Cid após fraude camera O tenente-coronel Mauro Cid durante depoimento à CPI do 8 de janeiro, no Senado | Foto: Roque de Sá/Agência Senado

A colunista Mônica Bergamo informou em sua coluna na Folha de S. Paulo que o Exército bateu o martelo e decidiu não promover o tenente-coronel Mauro Cid a coronel. Ele é da turma formada no ano 2000, cujos integrantes terão a carreira avaliada para subir um degrau na hierarquia militar. O resultado do escrutínio deve ser divulgado nos próximos dias.

Veja mais da coluna de Bergamo:

LÁ LONGE

Nesta etapa, as promoções ocorrem já não mais por antiguidade, mas por merecimento. E Cid, que no passado foi considerado um oficial brilhante, não goza atualmente da mesma imagem nas Forças Armadas. Ela foi desgastada depois que ele foi acusado de cometer atos considerados eticamente incompatíveis com a carreira.

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FICHA

Cid é investigado pela Polícia Federal nos inquéritos que apuram a venda de joias que Jair Bolsonaro (PL) ganhou de presente e a tentativa de golpe de estado, e indiciado no caso que apura a falsificação de certificados de vacinas de Covid-19. Mesmo assim, enviou documentos para pleitear a promoção.

FICHA 2

A avaliação para as promoções é feita por um colegiado de 18 generais. Ela é então enviada ao comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, a quem cabe a palavra final.

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GARAGEM

A coluna apurou que Cid já recebeu veto do primeiro grupo. E deve ficar estacionado na carreira.

BOLSO

Mesmo envolvido em escândalos, Cid segue recebendo salário das Forças Armadas, de cerca de R$ 27 mil. Pela regra, a suspensão definitiva dos vencimentos só ocorrerá se ele for condenado na Justiça a mais de dois anos de prisão. Por enquanto ele é apenas investigado.

BOLSO 2

Se a penalização ocorrer, o Ministério Público Militar representará junto ao Superior Tribunal Militar (STM), que enfim o retirará do Exército por não ser mais digno de pertencer à Força.

BOLSO 3

Será a etapa final do processo e do sistema de punições, que começaram a ser aplicadas quando os escândalos vieram à tona.

BOLSO 4

No primeiro momento, o Exército decidiu afastá-lo de qualquer posto de comando. Depois, quando foi preso, o militar foi afastado de toda e qualquer função. Seguirá, no entanto, recebendo salário até que o ponto final do julgamento judicial.

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