Durante um trabalho de escavações arqueológicas na ilha de Lazzaretto Nuovo, na Itália, pesquisadores encontraram uma vala usada no século XVI para sepultar vítimas da epidemia e de peste. Entre os esqueletos achados no local, estava o de uma mulher enterrada com um tijolo entre os dentes, pois acreditava-se que ela era uma vampira. Agora, um pesquisador brasileiro, Cícero Moraes, conseguiu reconstruir o rosto dela usando técnicas 3D.
No século XVI, culpar vampiros pela disseminação de doenças era uma superstição comum em algumas partes da Europa. A crença foi difundida pelos coveiros da época, que ao reabrir valas para enterrar novos corpos, se assustavam com o estado de decomposição das vítimas da peste. Vendo fluidos corporais nas bocas dos cadáveres, eles acreditavam que os mortos se alimentavam de outros corpos.
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Analisando o cadáver encontrado na Itália, os cientistas concluíram que o tijolo foi colocado intencionalmente na boca da mulher pelos coveiros, pois ela estaria "comendo" os corpos dos outros cadáveres. Isso foi feito com o objetivo de impedi-la de espalhar a peste mordendo outras vítimas.
Para reconstruir o rosto da vampira, o designer 3D e especialista forense primeiro delineou a vista frontal e lateral do crânio, bem como as arcadas dentárias. A tomografia computadorizada do rosto de um indivíduo moderno também foi usada como referência para se adequar aos contornos do crânio antigo. Além disso, o pesquisador criou uma réplica do tijolo colocado na boca da "vampira".
O trabalho foi publicado em artigo na revista OrtogOnLineMag .
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