O direito dos animais é um poderoso instrumento que vem ganhando força nos últimos tempos: casas legisladores de todo o Brasil vêm a cada dia que passa tentando fortalecer ainda mais a segurança e o direito a vida seja de animais selvagens, silvestres ou domesticados.
No último domingo (24), vídeos que circulam nas redes sociais mostram moradores da comunidade ribeirinha Manoel Urbano, no interior do Acre, capturando e em seguida matando um jacaré-açu de mais de quatro metros de comprimento.
Segundo relato dos próprios moradores, o réptil vinha aterrorizando os moradores da comunidade, atacando pequenas embarcações e colocando em risco a vida quem mora no local.
Durante a última aparição, moradores decidiram matar o animal. Nas imagens é possível ver o jacaré a princípio nadando em direção à margem e depois sendo golpeado com machado e cortado em diversas partes do corpo. Após o abate, moradores e barqueiros amarraram o animal e subiram com o corpo pelo barranco, o que precisou de uma força tarefa de diversas pessoas.
VEJA O VÍDEO!
IBAMA
O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA-AC) disse que soube do caso por meio dos vídeos que circulam na internet e afirmou que será aberto um procedimento para apurar o fato.
De acordo com Melissa de Oliveira, superintendente do Ibama, será feita uma investigação para identificar a autoria e adotar as medidas necessárias. Melissa disse ainda que abater animais silvestres só é permitido se comprovado que não há outro tipo de animal para o consumo.
"Abate para subsistência é permitido, mas isso em zona rural, por populações tradicionais que não têm outra fonte de proteína que não seja a caça. Pelas imagens, o fato ocorreu em área urbana, onde as pessoas têm acesso a alimentos. É precipitado passar qualquer conclusão acerca do fato sem a devida apuração, mas esse vídeo já está sendo incluído no processo de apuração", explicou.
Ministério Público vai investigar
A Promotoria Cumulativa de Manoel Urbano, do Ministério Público do Acre (MP-AC), emitiu uma nota na última segunda-feira (25) afirmando que vai instaurar um procedimento para apurar um possível crime ambiental.
Wendelson Mendonça da Cunha, promotor de Justiça Substituto, oficiou a Polícia Civil do município para que, no prazo de 10 dias, seja feita a investigação preliminar do possível crime ambiental e da autoria.
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