De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o boleto bancário é um dos meios mais usados pelos brasileiros para pagamentos de contas de consumo e só no ano passado foram 4,2 bilhões de documentos transacionados totalizando R$5,8 trilhões. No entanto, o meio de pagamento também é alvo de golpistas. Portanto, é preciso estar atento à detalhes que podem fazer toda a diferença para não tomar prejuízos financeiros.
Em 2018, em parceria com os bancos para registro de títulos de cobrança dentro das normas exigidas pelo Banco Central, a Febraban criou a Plataforma Centralizada de Recebíveis (PCR), e foram mitigados os golpes envolvendo a adulteração de boletos físicos. A Febraban calcula que o novo sistema eliminou o equivalente a R$ 450 milhões em fraudes por ano (valor estimado).
Por meio dela, o consumidor pode pagar boletos vencidos em qualquer canal de recebimento (banco ou correspondente) ou optar pelo Débito Direto Autorizado (DDA), o que reduz o risco de fraudes, uma vez que o DDA apresenta os dados para pagamento diretamente da base da Plataforma Centralizada de Recebíveis.
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CUIDADOS
Ainda assim, todo cuidado é necessário. De acordo com a gerente de uma casa lotérica, Josete Gama, 46 anos, todos os clientes que realizam pagamento de contas na agência por meio de boleto físico, são orientados a fazer a impressão dos boletos diretamente do site das empresas, por ser mais seguro. “Porque não tem volta, os funcionários são orientados a verificarem o nome completo e número de CPF, mas os dados da empresa não têm como. Então, é sempre bom redobrar a atenção nessa hora”, disse.
A aposentada Iraneide Lima, 62, diz que prefere realizar pagamento via boleto e já caiu em golpes do tipo. “Gerei um boleto de conta de luz, de um site que nem existia. Perdi o dinheiro, né? Não tem como recuperar até porque os dados ali são fantasiosos. Agora procuro ler o nome da empresa e CNPJ direitinho antes de efetuar o pagamento”, afirma.
O funcionário público Márcio de Oliveira, 51, conta que sempre dá preferência a pagar via aplicativo dos bancos, mas não tem o hábito de olhar aos dados que constam nos boletos virtuais. “Tive um amigo que pagou R$800,00 numa conta e acabou que nem era, era golpe. Nunca caí num desses, mas admito que também não tomo precauções para que isso não aconteça. Mas nunca é tarde para se atentar e evitar ser o próximo”, ressalta.
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Fique atento
Dicas
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criadas pelos golpistas:
• Confira os dados do beneficiário do boleto
Com a entrada em operação da Plataforma Centralizada de Recebíveis (PCR), todos os boletos emitidos precisam ser registrados antes de serem emitidos. Para isso, os bancos inserem as informações no documento, tais como CPF ou CNPJ do emissor, data de vencimento, valor, além do nome e número do
CPF ou CNPJ do pagador.
• No momento do pagamento, independente do canal utilizado (caixa eletrônico, mobile bank, internet bank etc.), os dados do beneficiário (a empresa que receberá o dinheiro) serão mostrados, o que permite ao pagador realizar a conferência com os dados que constam do boleto físico que está em suas mãos. Se a conta em questão não pertencer ao beneficiário correto, o cliente não deve concluir a operação. Em caso de qualquer dúvida, o cliente deve entrar em contato
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