Todas as vidas importam, inclusive, as dos animais. É com esse lema que o Poder Público e voluntários conseguiram resgatar mais de 3,5 mil animais isolados pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Entretanto, esse número ainda deve aumentar, já que as mobilizações de diversos grupos voluntários continuam com ações para salvar mais cães e gatos deixados para trás nas inundações que afetam o estado.
Entre os locais de abrigo estão os pets shops das cidades como o da empresária Carla Ebert, que também funcionava como creche de animais na cidade de Esteio (RS), que relatou que no último sábado (4) recebeu 50 animais que ficaram ilhados e deixados para trás. “É muito animal. É uma coisa absurda. A gente vai ver quando baixar a água, a gente nem está preparado para isso, devido aos que morreram. É muito triste”, lamentou Carla.
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As organizações não governamentais (ONG’s) da causa animal também estão participando ativamente, como o Grupo de Resposta a Animais em Desastre (Grad Brasil), que informou que em apenas um dia realocou cerca de 100 animais nos municípios de Esteio e São Sebastião do Caí, na região metropolitana de Porto Alegre.
“É muito animal gente, na pontinha do telhado, é muito animal preso na janela, é muito animal que que está nadando incansavelmente, é muito, muito, não consigo passar um número de tantos animais que são”, informou em uma rede social Carla Sássi, coordenadora do Grad.
A ONG acrescentou que a organização precisa de um barco com motor para ampliar os salvamentos, já que a correnteza é forte. “Os pedidos por resgates não param de chegar, mas muitas áreas continuam inacessíveis. Precisamos aumentar nossa equipe a campo e estamos solicitando apoio de embarcações a motor para salvar o maior número de animais possível”, afirmou, em nota, a Grad Brasil.
A ONG Campo Bom pra Cachorro, em Campo Bom (RS), também tem atuado onde já resgatou 80 animais em um dia, totalizando 200 animais retirados da água pelos voluntários. No entanto, devido à quantidade, estão sem espaço para novos animais e pedem ajuda nas redes sociais para acolher temporariamente os bichinhos perdidos.
“Novo Hamburgo (RS) está mandando muito cachorro pra cá. A gente não pode mais aceitar animais aqui. Tem gente chegando aqui sendo grosso com a gente, brigando com a gente, querendo a qualquer custo trazer animais de todos os bairros”, informou em rede social Kayanne Braga, voluntária da organização.
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