De acordo com a 10ª Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, feita pelo instituto DataSenado do Senado Federal brasileiro, só em 2023, cerca de 30% das mulheres do país já sofreram algum tipo de violência doméstica ou familiar provocada por um homem. Dentre elas, 76% sofreram violência física. Rio de Janeiro, Rondônia e Amazonas são os estados com maiores índices de mulheres que declaram ter sofrido violência doméstica ou familiar.
A justiça de Manaus expediu um mandado de prisão contra o lutador de MMA Thiago de Melo, acusado de agredir e tentar matar a ex-namorada, a cantora gospel Jhenifer Gisele Ishikawaa Boger, de 31 anos, na noite do dia 3 de maio. Até então, o acusado encontra-se foragido da justiça.
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A vítima, que é natural do Mato Grosso e atualmente reside em Manaus, sofreu a agressão em seu apartamento no bairro Alvorada, na zona Centro-Oeste de Manaus.
A vítima expôs nas redes sociais, as marcas das agressões físicas pelo corpo, além das ameaças de morte feitas por Thiago. A investigação do caso, que está sob a responsabilidade da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), foi encaminhada à Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa do Amazonas.
Em entrevista ao CM7 Brasil, a delegada responsável pelo caso, Patrícia Leão, titular da DECCM, informou que a vítima encontra-se em um estado emocional muito fragilizado. “Ela está bem machucada, muito abalada. Inclusive, ela tem se sentido culpada porque eles haviam terminado e ela deu uma nova chance para ele. Por conta disso, se sente culpada”, relatou a delegada.
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Medida protetiva
Enquanto a polícia continua em busca de Thiago de Melo, e finalmente cumprir a ordem judicial de prisão. A justiça deferiu uma medida protetiva para proteger a vítima que relatou à polícia que o relacionamento com o lutador era extremamente abusivo, o que tornou a situação ainda mais traumática. A Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa do Amazonas acompanha o caso de perto, reforçando a necessidade de medidas rígidas contra a violência doméstica e a proteção das vítimas.
Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180
O Ligue 180 é um serviço de utilidade pública essencial para o enfrentamento à violência contra a mulher. Além de receber denúncias de violações contra as mulheres, a central encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos.
O serviço também tem a atribuição de orientar mulheres em situação de violência, direcionando-as para os serviços especializados da rede de atendimento. No Ligue 180, ainda é possível se informar sobre os direitos da mulher, a legislação vigente sobre o tema e a rede de atendimento e acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade.
Além do telefone, em outros canais é possível realizar denúncias
Além do número de telefone 180, é possível realizar denúncias de violência contra a mulher pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e na página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), responsável pelo serviço. No site está disponível o atendimento por chat e com acessibilidade para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Também é possível receber atendimento pelo Telegram. Basta acessar o aplicativo, digitar na busca “DireitosHumanosBrasil” e mandar mensagem para a equipe da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180.
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