No dia 21 de maio é comemorado o Dia da Língua Nacional, onde é homenageado o idioma oficial de um determinado país. No caso do Brasil, o idioma oficial dos brasileiros é a língua portuguesa.
A língua portuguesa é falada no Brasil por influência dos portugueses, principais responsáveis pela colonização no país. Porém, o português falado pelos brasileiros é dotado de diversas variações derivadas de outros idiomas, como dos povos indígenas, além de influências dos povos africanos, que chegaram ao país durante o período da escravidão.
De acordo com a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), são nove os países que têm a língua como idioma oficial. São eles: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe. Sendo considerado o quarto idioma mais usado no mundo, perdendo apenas para o mandarim, inglês e espanhol.
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A professora de Língua Portuguesa, Sue Anne Calixto, especialista em redação e revisão textual, ressalta a relevância de celebrar esta data. “A data nos remete à necessidade de refletir sobre a importância da língua portuguesa em nossas vidas. Através da língua portuguesa, alcançamos diversas possibilidades, na escrita ou na oralidade, de transformarmos a sociedade”, pontua.
Ministrando aula em cursinhos pré-vestibulares em Belém, Sue Anne destaca as várias formas de expressar a língua. “De forma simples ou rebuscada, é por meio dela que expressamos sentimentos, defendemos pontos de vista, interagimos com o ambiente e com outros indivíduos, além de possibilitar a produção de conhecimento. Dominar o idioma é fundamental para a execução de tarefas rotineiras e para ter um bom aproveitamento no mundo acadêmico e profissional”, explica.
Ela enfatiza o desafio de levar a aprendizagem da língua portuguesa de forma acessível para as salas de aula. “É necessário aos alunos adquirir a competência de ler e interpretar, compreender a importância da coesão e da coerência da língua portuguesa. Não é só uma matéria a ser estudada, é uma ferramenta a ser utilizada para o resto da vida”, avalia.
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“Dominar a língua Portuguesa pode fazer muita diferença para quem vai fazer provas de vestibulares e concursos públicos. No caso do Enem, a prova tem 45 questões de linguagens, de uma prova que tem o total de 180 questões. Junto a isso, a gente tem a redação, que vale 1000 pontos. Então, fazendo uma porcentagem, eu acredito que seja 50% da prova”, descreve.
“Para a redação, tu precisas escrever um texto na norma padrão, ou seja, você precisa ter conhecimento sobre as regras gramaticais, precisa saber elaborar os teus argumentos de uma maneira que seja coerente, que o teu corretor consiga saber o que tu estás querendo falar e apresentar uma proposta de intervenção. Nos concursos públicos, praticamente todas as provas de concurso atualmente, elas têm português, muitas delas têm a redação”, acrescenta.
A especialista ainda lista alguns nomes da literatura que estudaram e ainda estudam, toda esta mistura que constrói nossa língua pátria. “Grandes nomes como Marcos Bagno, autor que a gente estuda nas universidades. Ele fala um pouco sobre a questão dos conceitos da história da língua portuguesa, da norma padrão e sobre preconceito linguístico. Temos também o Ferdinand de Saussure, considerado o pai da linguística. Ele tem o curso de linguística geral. Ele ensina a questão da redação, porque no texto tu precisa usar repertórios socioculturais e tu vai adquirir esse repertório por meio de outras áreas de conhecimento. Além desses, Machado de Assis e Carlos Drummond de Andrade nos deixaram uma amostra valiosa das pesquisas e trabalhos realizados na área”, conclui.
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