Na década de 1980, o vírus do HIV e a Aids foram considerados uma ameaça mundial. De repente, muitas pessoas estavam com a doença, apresentando uma aparência muito mais magra, fraqueza, diarreia e diversos sintomas.
Mas, afinal, você sabe quais são os primeiros sinais de HIV? A infecção aguda se manifesta depois de 15 dias do contato com o vírus, entre 2 e 4 semanas. Nessa hora, pode não surgir sintoma nenhum —até dois terços das pessoas podem não tê-los.
Como ter um diagnóstico mais precoce?
Para se ter um diagnóstico precoce é muito importante as pessoas terem uma rotina de testagem anualmente. Todas que tenham vida sexual ativa ou com exposições a risco devem fazer o teste periodicamente, segundo os especialistas.
Os médicos também precisam estar atentos a pacientes sintomáticos na fase aguda (ou seja, inicial). Os sintomas são muito semelhantes à mononucleose, que é uma doença mais comum em crianças. Ou seja, se um adulto aparece com eles, é importante ter uma história bem tirada e então testar para HIV.
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Quando o quadro é diagnosticado precocemente, a pessoa precisará usar o antirretroviral, medicamento que impede a replicação e multiplicação do vírus HIV no corpo.
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Quando aparecem, os primeiros sintomas de HIV são muito semelhantes a uma virose:
- Febre;
- Dor de garganta;
- Gânglios aumentados pelo corpo;
- Diarreia;
- Dor de cabeça;
- Manchas na pele.
São sintomas inespecíficos e que muitas vezes a pessoa tem, nem pensa que pode ser HIV e não chega a buscar atendimento.
Fase de latência e novos sintomas
Depois dessa primeira manifestação, que pode nem acontecer, o vírus costuma ficar quieto por um tempo, na chamada fase de latência. Ele continua se multiplicando de forma lenta, sem causar sintomas, mas comprometendo o sistema imune a longo prazo.
Muitas pessoas com HIV não apresentam sintomas por 10 anos ou mais. Mas, quando o sistema imune é comprometido, doenças oportunistas começam a aparecer. São elas que vão determinar os diferentes problemas que podem surgir nessa fase, como:
- Diarreia: O vírus HIV causa um processo inflamatório crônico no intestino, destruindo as vilosidades e células intestinais. Com isso, a absorção de água e nutrientes pelo órgão é prejudicada, o que causa as diarreias. No intestino, existem muitos linfócitos TCD4 (os mais atacados pelo HIV) nas chamadas placas de Peyer, elas são infectadas e destruídas, fazendo com que o intestino perca a capacidade de funcionar como uma barreira imune.
- Emagrecimento: Com o processo explicado acima, aliado à perda de apetite e à alta atividade inflamatória da infecção (que aumenta a queima calórica do corpo), é comum que a pessoa perca peso muito rapidamente, pois está tanto se consumindo mais rapida mente, pois está tanto se consumindo mais rapidamente como está se alimentando pior.
- Sarcoma de Kaposi: Esse tumor é causado pelo vírus da herpes tipo 8, que pode estar presente em pessoas imunocompetentes, mas se manifesta em quem possui HIV devido ao enfraquecimento do sistema imunológico. É uma doença oportunista que costumava ser muito comum nas pessoas com Aids, que é uma neoplasia de vasos sanguíneos. A infecção é bastante rara fora de quem tem HIV, tanto que o vírus herpes tipo 8 foi descoberto pela ciência depois da alta desta doença. Normalmente, é preciso estar com a imunidade muito baixa, com uma contagem de menos de 50 mil células T4 por mm³ de sangue.
- Manchas brancas na boca e língua: Esses sintomas ocorrem devido a candidíase oral: O fungo Candida existe em nossa boca, mas apenas quem está com o sistema imunológico enfraquecido apresenta o desenvolvimento desse quadro. Ou seja, sua presença mostra como a imunidade já está comprometida.
- Tosse e suores noturnos: Tosse e suores noturnos são sintomas típicos da tuberculose, uma doença oportunista muito típica e muito frequente nas pessoas com Aids.
- Perda de memória: O Sistema Nervoso Central também costuma ser afetado pelo vírus. Existe até uma categoria de doenças chamadas de alterações neuropsiquiátricas associadas ao HIV que podem ter várias manifestações, perda de memória é uma delas. Podem até surgir manifestações de demências em pessoas não tratadas. Mas é muito importante ressaltar que quando a pessoa segue o tratamento adequado, esse tipo de sintoma não aparece e ela leva uma vida normal. Quando médico e paciente encontram a melhor combinação de medicamento, a pessoa vai viver até a velhice. Mas é preciso seguir o tratamento certinho.
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