Após cinco dias do trágico acidente aéreo, que ocorreu em Vinhedo (SP) deixando 62 vítimas, os trabalhos médicos de investigação continuam sendo realizados para identificar as causas do acidente. E a força-tarefa da Polícia Técnico-Científica de São Paulo já concluiu as necropsias dos 62 corpos do acidente do voo 2283, da Voepass.
Diante da conclusão, o médico legista e perito geral da Polícia Técnico-Científica do Piauí Dr. Antônio Nunes concedeu uma entrevista para no canal Iel Cast e revelou que as vítimas do trágico acidente aéreo em Vinhedo, não sentiram dor durante a queda.
De acordo com ele, a perda de consciência ocorre quando um avião despenca rapidamente, o que teria acontecido com os passageiros e a tripulação do voo da Voepass. “Pela lógica, antes de tocarem no chão todos já estavam inconscientes. A chance de ter alguém acordado ao final daquela queda é quase impossível. O trauma é grande e o corpo protege. Ao chegar lá embaixo, com a queda em si, aí vem a questão da morte em si”, disse sobre a queda da aeronave, em entrevista ao Ielcast.
O diretor do IML Vladimir Alves dos Reis explicou sobre a conclusão da perícia. “Nós temos a convicção de que todos morreram de politraumatismo. É uma certeza científica, a aeronave despencou de uma altura de 4 mil metros e, ao atingir o solo, o choque foi muito grande e todos eles sofreram politraumatismo”, afirmou.
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Segundo Reis, as vítimas já tinham morrido com o impacto da queda e só depois foram carbonizadas. “As queimaduras que terminaram com a carbonização de alguns corpos foram secundárias ao politraumatismo”, disse o diretor após garantir que todas as vítimas serão identificadas completamente.
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A Polícia Científica do Paraná enviou para São Paulo 31 amostras de DNA e 19 de documentação odontológica para ajudar os peritos paulistas nesse processo.
Até o momento não se sabe o que causou o acidente aéreo, mas a queda em espiral do avião sugere a ocorrência de um estol — que acontece quando a aeronave perde a sustentação que lhe permite voar —, segundo especialistas.
Veja a entrevista do médico legista:
https://twitter.com/Astronomiaum/status/1823218473415098656
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